Atualmente, a dedicação excessiva ao trabalho muitas vezes está relacionada ao desejo dos pais satisfazerem as vontades do filho. Dar presentes a eles é bom e, obviamente, eles gostam. Mas ter mais tempo para a convivência traz mais alegria, com ganhos afetivos, sociais e cognitivos e muito contribui para preservar o nosso planeta. Melhora o rendimento escolar, a autoestima e a autoconfiança para a vida adulta.
Alguns pais, em datas como aniversário ou dia da criança, não oferecem presentes. Ao invés disso, dedicam uma tarde ou um dia inteiramente ao filho. São horas de muita interação: brincar num parque ou chácara, jogar bola, subir em árvores, pedalar, nadar, andar a cavalo, empinar pipa, correr de rolimã, dar banho no cãozinho, ler e contar histórias, cantar e ouvir música, assoviar, assistir a um filme, cozinhar, lavar os pratos e talheres, dialogar sobre os amigos e a escola. E não menos importante: pai e/ou mãe manifestam num belo cartão seu afeto e as principais qualidades e virtudes do filho, para o seu autoconhecimento.
Considere o melhor troféu ─ ou um butim de guerra ─ seu filho chegando em casa, com a roupa suada, suja ou molhada por uma chuva de verão. Um pouco de vitamina S (S de sujeira) fortalece o sistema imunológico infantil. Ademais, as atividades ao ar livre, nos horários recomendados, fazem com que os raios solares fortaleçam os ossos e são excelentes como terapia para a mente.
O acima exposto é uma alternativa saudável à “Geração dos Shoppings”. As novas tecnologias também são bem vindas, mas, como em todo processo educativo, o equilíbrio é indispensável.
Cobrir os filhos de muitos bens materiais é uma imprevidência. Lembremos que muitos momentos felizes vividos por nós foram de interação e simplicidade, que custam pouco. “Brincar com a criança não é perder tempo, é ganhá-lo” ─ ensina, já provecto, o poeta Carlos Drummond.
*Artigo escrito por Jacir Ventura, vice-presidente do Sinepe/PR, instituição parceira do Instituto GRPCOM.
**Quer saber mais sobre cidadania, responsabilidade social, sustentabilidade e terceiro setor? Acesse nosso site! Siga o Instituto GRPCOM também no twitter: @institutogrpcom.
Deixe sua opinião