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Como andam as metas de neutralização de CO2?
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Você sabia que em 2007 o governo da Costa Rica assumiu o compromisso de até 2020 ser um país totalmente neutro em emissão de carbono? Para atingir o objetivo, a nação tem um projeto estratégico que prevê a recuperação de florestas devastadas e aplicação de impostos às empresas que emitirem gás carbônico em seus processos de fabricação de bens de consumo e combustíveis fósseis.

Com a adoção de tais medidas, em dois anos, a Costa Rica aumentou em 20% o tamanho de suas florestas. Assim, ela se tornou o único país tropical do mundo a ter novamente 50% da área original de florestas. E o imposto sobre combustíveis financia programas de proteção ambiental voltados à água, o reflorestamento e o carbono.

É também da Costa Rica a primeira companhia de aviação a neutralizar as emissões de CO2. A Nature Air atingiu esta meta doando recursos para a conservação de 200 hectares de matas nativas, o que equivale às 600 toneladas de gás carbônico que a empresa emite por ano.

Diante desse exemplo de nosso vizinho, podemos avaliar a meta do Brasil sobre emissão de CO2. Em 2010, o governo brasileiro regulamentou a lei que dispõe que até 2020 devemos reduzir a emissão de 36,1% a 38,9% por ano. Com essa meta o Brasil se tornou o primeiro país em desenvolvimento a estabelecer um limite absoluto para o quanto vai poluir. Mas apenas isso não basta.

Pelas contas do Banco Mundial seria necessário investir aproximadamente R$665 bilhões até 2030, em tecnologias limpas para os setores de agropecuária, resíduos, energia e transporte.

Recurso este que poderia ser facilmente captado por meio de iniciativas públicas e privadas, se pensarmos que foram destinados R$35 milhões para as arquibancadas e módulos da Sapucaí; R$62 milhões nas obras da Fábrica do Samba em São Paulo; ou os quase R$1,5 bilhão investidos nas reformas do Maracanã nos últimos 12 anos…

Segundo o relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) de 2010, os países em desenvolvimento foram responsáveis por 60% das emissões totais em 2010. Por isso estabelecer metas para que a emissão de CO2 diminua é decisivo, num cenário de recorde de liberação de carbono na atmosfera.

Ana Biselli e Rodrigo Junqueira/Gazeta do Povo
“O aquecimento global afeta igualmente todo o planeta, indistintamente de onde venham as emissões. Por isso, cada país deve assumir sua responsabilidade de colaborar para não estarmos às portas de um desastre nacional sem precedentes”. (Roberto Dobles, ministro de Meio Ambiente e Energia da Costa Rica em 2007).

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