• Carregando...

Bruno CovelloVocê pode não ter ido às ruas durante as manifestações; só ter observado a movimentação de longe. Mas, se de alguma forma os eventos que mexeram na rotina do país, também te tocaram, pode ter certeza: você acordou. E não tem mais espaço nem para uma sonequinha. A partir de agora, não é mais concebível fechar os olhos para a política e, principalmente, para quem a faz. Afinal, quando se tem consciência de onde está errando, fica bem feio falhar exatamente no mesmo lugar. É como errar duas vezes.

Então, nada de cochilo para nós, temos muita lição de casa. E a primeira delas talvez seja começar com uma autoavaliação sincera: o que eu sei sobre política? Conheço os três poderes e sei quais as responsabilidades e autonomias de cada um? Eu sei o que faz cada um dos representantes que escolhi? Eu lembro quem escolhi? E a reforma política? O que estão propondo de mudanças? O que está em jogo? E por aí vai…

Outro bom exercício é explorar o que levantam algumas “bandeiras” muito compartilhadas nas redes sociais. Pegue o tema, digite num site de busca e selecione as notícias que já saíram sobre aquilo. Veja do que se trata, o que dizem os especialistas, visite os sites do governo para ampliar sua busca. E só compartilhe depois que tiver certeza que entende do que se trata. Não levante uma bandeira que não é sua por puro desconhecimento e excitação do momento. Além de estar indo contra seus próprios princípios ou compartilhando informações duvidosas, poderá influenciar mais pessoas a fazerem isso. Afinal, trata-se de uma rede!

E não se acanhe por não ter esse conhecimento. Afinal, quando é que a população foi estimulada a gostar de política? Entre as crianças, por exemplo, o tema começou a circular pelas salas de aula não faz muito tempo. E muito graças a projetos socioeducacionais desenvolvidos por instituições não governamentais, que inserem nas disciplinas escolares temas transversais, como cidadania.

O que importa agora não é o nível de conhecimento que você tem, mas a ampliação dele. Para cobrar, exigir e fiscalizar, é preciso conhecer.  A tarefa agora é ser cidadão e a lição de casa é se politizar.

*Artigo escrito por Christiane Kremer, colaboradora do Instituto GRPCOM em Curitiba

**Quer saber mais sobre cidadania, responsabilidade social, sustentabilidade e terceiro setor? Acesse nosso site! Siga o Instituto GRPCOM também no twitter: @institutogrpcom.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]