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O que vamos fazer de nós?
| Foto:
Jeanine Berbel / Confraria do Bem-Estar
“Somos receptores natos. Nossos sentidos funcionam como antenas, captando toda sorte de dados, por querer ou sem querer”

Nossas experiências e nossos estados de consciência – diversos ao longo das muitas fases de nossas vidas – traduzem-se de forma diferente em nossos valores.

Ao longo do processo de crescimento vão se alterando significados e mudando idéias. Muda o mundo, mas muda muito mais nosso modo de ver o mundo: o que realmente nos modifica. Interiorizar e expandir o olhar muda perspectivas.

Acoplamos dados, sobrepomos informações, colecionamos experiências que vão construindo e desavisadamente montando os seres que somos. Nossa forma de pensar, de sentir e de agir é resultado dessa sobreposição de elementos ao longo da existência. Muitas dessas peças são conscientemente escolhidas. A grande maioria delas, entretanto, vai sendo imperceptivelmente amealhada e recebida sem permissão ou questionamentos conscientes.

Somos receptores natos. Nossos sentidos funcionam como antenas, captando toda sorte de dados, por querer ou sem querer. Com num computador, essas informações vão sendo guardadas… e um dia podem vir à tela de nossas vidas sob a forma de pensamentos, sentimentos, ações.

Enquanto jovens, aceitamos essas mensagens com pouco ou nenhum filtro, reunindo-as e arquivando-as. Com a maior idade surge o julgamento e inicia-se um processo de seleção que nos imprime ares de adultos. Nessa sucessão, nos transformamos. Dados seguem chegando e sendo incorporados a nossos bancos.

O tempo passa e não pensamos mais da mesma forma, não sentimos do mesmo jeito, não agimos do mesmo modo – já não somos mais as mesmas pessoas. Não nos movemos pelos mesmos desejos, não usamos os mesmo critérios. Alteram-se importâncias… de coisas, atitudes, seres.

Como num brinquedo de encaixe, montamo-nos com as peças da vida. Adultos, agora livres para dispor das peças, podemos escolher como arquitetar essa construção. Temos o poder de tentar fazer de nós o que desejamos. Está em nossas mãos remodelar e reconstruir.

Nossos desejos apontam, nossos critérios selecionam, nossos valores revelam.
– Mas o que vamos fazer de nós?

*Este artigo foi escrito pela equipe multidisciplinar do blog londrinense Confraria do BEMestar.

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