• Carregando...
Que tal o antivoto?
| Foto:

Circula na internet um artigo de autoria do jornalista Ruy Castro sobre uma ideia que, ao que parece, logo terá muitos adeptos: o antivoto.

Trata-se de uma sugestão de um sistema que possibilitaria ao eleitor voltar atrás oficialmente no voto dado para aquele político que, depois de eleito, não correspondeu às expectativas. “Encerrada a campanha, efetuada a votação, apurados os votos e empossado o vencedor, a avaliação começaria imediatamente. Uma certa quantidade de cabines eleitorais, com mesário, fiscal etc., continuaria a funcionar full-time em cada cidade, apta a receber eleitores que, arrependidos, quisessem retirar seu voto no candidato”, propõe Castro.

A comparação é com o matrimônio. Se o casamento, uma das decisões mais importantes da vida de uma pessoa, pode ser desfeito depois de oficializado, por que não também o voto? A analogia é simples: uma pessoa, ao descobrir que o cônjuge não corresponde às suas expectativas, pode decidir pela separação; então, por que precisamos nos sujeitar a ter que agüentar, por pelo menos quatro anos (ou oito, no caso dos senadores), um político que não correspondeu às nossas expectativas? Por que não podemos simplesmente pedir nosso voto – e o direito de sermos representados decentemente – de volta?

Pela hipótese, a apuração dos antivotos seria confrontada com a votação original e o saldo entre votos recebidos na eleição e os antivotos computados pós-eleição seriam divulgados ao grande público, pela mídia. A ideia seria definir um patamar de desaprovação que, uma vez atingido, obrigaria o político a devolver o mandato.

Que tal?

Se num primeiro momento a proposta pode parecer inviável, basta pensar que há, no mínimo, tecnologia para isso. O que é necessário, pois, é vontade política. É provável que, infelizmente, não possamos esperar isso dos nossos representantes (agora mesmo, por exemplo, nossos deputados da Assembléia Legislativa estão recebendo salário mesmo sem trabalhar). Mas há outros meios de exercer a cidadania e propor projetos como esse, que possam ajudar a fortalecer nossa ainda jovem democracia. Ou não?

http://www.ivancabral.com/

– Quer saber mais sobre cidadania, sutentabilidade e terceiro setor? Acesse nosso site! Siga o Instituto RPC também no twitter.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]