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Uma guerra não tem nada de maravilhosa
| Foto:
Bruno Rodrigues / Reuters
Em uma das imagens mostradas pelo site da Gazeta do Povo na cobertura da operação no Rio, o soldado no tanque do Exército avança pelo Complexo do Alemão.

Todos têm chamado de guerra o enfrentamento da polícia aos traficantes no Rio de Janeiro. Mas o que você pensa sobre isso? Será que o termo que está sendo usado não é muito forte para a Cidade Maravilhosa?

Complicado pensar que a cidade tão procurada por turistas chegou a este ponto, onde a recomendação é que se evite transitar por algumas regiões em que o colete à prova de balas é quase um item essencial. Esse assunto nos ajuda a refletir sobre o futuro dessa população que vive nos morros cariocas e que espera ter a chance de conseguir uma vida mais tranquila, em que a obediência aos traficantes possa não ser mais a orientação.

Será que terão possibilidade de mais lazer e mais educação? Sabe-se, afinal, que algumas dessas comunidades, que mais parecem verdadeiras cidades, têm apenas uma ou duas escolas. No lugar disso, a falta de participação dos governantes locais acabou abrindo caminho para que muita coisa errada aos poucos se instalasse. E agora, um esforço digno de cinema está sendo feito para encurralar e prender os criminosos que se aproveitaram dessa fragilidade na segurança e faziam dessas comunidades uma fonte de renda com o imenso comércio de drogas e armas.

Não será de uma hora para a outra que um histórico de décadas de ações criminosas e marginalização será resolvido. Será preciso ações permanentes para que a população carioca sinta mais segurança e confiança na cidade que escolheu para viver – e que, não podemos nos iludir, nem é tão diferente assim, em termos de criminalidade, de outras grandes cidades brasileiras.

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