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Você é, mas pode nem saber…
| Foto:
Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Maiele recebeu um dos 23 corações doados no Paraná em 2009.

que é um doador de órgãos!

Isso mesmo: você pode não saber, mas é um doador de órgãos! A Legislação Brasileira diz que todos nós somos doadores de órgãos, desde que após nossa morte, um familiar (até segundo-grau) autorize por escrito, a retirada dos órgãos.

Isso quer dizer que se você tem a intenção de doar seus órgãos após sua morte, você precisa necessariamente falar sobre isso com seus familiares, pois são eles que irão autorizar os médicos a fazer o transplante da sua vida, para outras vidas.

O que faz de mim um doador?
Atualmente, o programa brasileiro de transplantes de órgãos e tecidos é um dos maiores do mundo. Como já dito, para ser doador, não é necessário deixar documento por escrito. Cabe aos familiares autorizar a retirada, após a constatação da morte encefálica. Nesse quadro, não há mais funções vitais e a parada cardíaca é inevitável.

Embora ainda haja batimentos cardíacos, a pessoa com morte cerebral não pode respirar sem ajuda de aparelhos. O processo de retirada dos órgãos pode ser acompanhado por um médico de confiança da família. É fundamental que os órgãos sejam aproveitados enquanto há circulação sanguínea para irrigá-los. Mas se o coração parar, somente as córneas poderão ser aproveitadas.

Alguns transplantes possíveis
O sucesso dos processos depende do tempo decorrido entre a morte encefálica do doador e a operação no receptor, variável de órgão para órgão, conforme indicado abaixo.

Divulgação

TR: Tempo máximo para retirada após a morte encefálica do doador
TC: Tempo máximo de conservação após a parada cardíaca

Mesmo tendo um dos melhores programas de transplante, o Brasil ainda tem uma grande lista de espera. Números da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), de 2012, mostram uma enorme discrepância quando se compara a necessidade de transplantes estimada ao número de operações realizadas. Para coração, por exemplo, estimava-se em 2012, a necessidade de 1.145 transplantes, enquanto foram realizados apenas 227; de fígado 4.768 estimados e 1.595 realizados; rim 11.445 necessários e 5.385 concretizados e de córnea 17.168 estimados, enquanto 15.281 eram realizados.

Como a doação de órgãos envolve outras pessoas, fale sobre o tema com seus alunos, caso seja professor, com colegas de trabalho e principalmente com sua família. Sua decisão falada hoje pode salvar vidas amanhã!

“Transplante é muito mais do que uma simples cirurgia. É um procedimento que envolve a mais profunda conexão entre seres humanos.” James F. Burdick

Confira aqui outras estatísticas sobre o transplante de orgãos no Brasil levantadas pela ABTO.

*Artigo escrito por Elaine Tezza, colaboradora do Instituto GRPCOM em Foz do Iguaçu

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