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Shani Nicole Louk: família confirma morte de DJ alemã, sequestrada e torturada por terroristas do Hamas no dia 7 de outubro.
Shani Nicole Louk: família confirma morte de DJ alemã, sequestrada e torturada por terroristas do Hamas no dia 7 de outubro.| Foto: Reprodução/Instagram

A jovem tatuadora e DJ alemã Shani Louk não sobreviveu ao ataque terrorista cometido pelo Hamas no dia 7 de outubro. A confirmação de sua morte veio por meio de uma nota publicada pela sua família e confirmada posteriormente pelo governo de Israel. Em entrevista para o jornal Bild, o próprio presidente do país, Isaac Herzog, tratou do assunto: “O crânio dela foi encontrado. Isto significa que esses animais bárbaros e sádicos simplesmente lhe cortaram a cabeça enquanto atacavam, torturavam e matavam israelenses”.

Ela, assim como tantos outros jovens, crianças e idosos, foi capturada, brutalizada e morta, ressaltando a natureza genocida do grupo que tiraniza a Faixa de Gaza e empreende uma permanente guerra antissemita contra Israel e sua população.

Alguns jornalistas desceram ao pântano ao tentar mostrar que os terroristas não seriam tão cruéis assim e que até tratam bem seus reféns.

Inicialmente se especulou que Shani poderia ter sobrevivido. Estaria em “estado crítico” num hospital em território palestino. Desesperada, sua mãe chegou a fazer apelos em emissoras de TV para que a filha fosse resgatada. Mas se tratava de uma informação falsa difundida pelos próprios terroristas na imprensa ocidental. Ela foi assassinada imediatamente após a incursão dos jihadistas no território israelense.

Em minha última coluna, em que criticava a cobertura do suposto bombardeio no hospital Al-Ahli, admitida pelo New York Times como “dependente das alegações do Hamas”, apontava que não se pode fazer “jornalismo cultivando fontes nos túneis da Faixa de Gaza”. O noticiário sobre Shani também evidencia isso que pode ser descrito como um vício moral a contaminar redações.

Nunca antes se viu tamanho esforço coletivo em edulcorar sanguinários.

Há quem, desde o início do ataque, tenha buscado dar legitimidade aos terroristas, como se estes fossem “outro lado” e compusessem um governo na acepção comum do termo. A própria terminologia usada, como “Ministério da Saúde de Gaza”, dá a entender que existiria uma estrutura funcional minimamente institucional. Mais grave do que isso, alguns jornalistas desceram ao pântano ao tentar mostrar que os terroristas não seriam tão cruéis assim e que até tratam bem seus reféns.

Desde que chegou ao poder em 2005, o Hamas converteu toda a Faixa de Gaza em seu teatro de operações, e fez dos palestinos seus reféns primordiais. Toda a estrutura civil está acima de uma intricada rede com mais de 500 quilômetros de túneis. Nas palavras de Abu Marzuouk, um dos chefões do grupo, essa infraestrutura do subsolo não foi feita para abrigar a população, e sim os soldados do Hamas. É a confissão explícita do uso de inocentes como escudo humano. Se eles não se preocupam nem com os palestinos que dizem proteger, por que algum demonstraria piedade com judeus ou ocidentais que eles juraram varrer do mapa?

Em 2006, a filósofa feminista Judith Butler disse, durante uma conferência na Universidade de Berkeley, que “Hamas e Hezbollah são movimentos sociais que são progressistas e parte da esquerda global”. Mais recentemente, num artigo publicado no London Review of Books, ela teceu considerações sobre a violência no conflito, mas não teve a capacidade classificar tais grupos como terroristas. Nem mesmo fez reparos ao teor de sua manifestação anterior.

Shani, assim como os quarenta bebês degolados, não estava próxima a Gaza numa operação militar. Ela era uma moça de 30 anos que dançava alegremente com amigos numa festa. As crianças, por sua vez, estavam com suas famílias, sem ter a menor ciência do que se desenrolava. Mas não importa. Todos eram infiéis, na visão dos fanáticos. Suas cabeças são troféus infames da causa religiosa extremista.

São essas práticas monstruosas que certo jornalismo tenta romancear e que parte considerável da esquerda identifica como característica de um grupo progressista. Nunca antes se viu tamanho esforço coletivo em edulcorar sanguinários.

Conteúdo editado por:Jocelaine Santos
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