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Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche| Foto:

1 Contradições de que é feita a vida: a alegria com a derrota do PT é diretamente proporcional à tristeza com a vitória de Jair Bolsonaro.

2 A propósito das urnas eletrônicas, descobrimos que elas funcionam de verdade. Deixemos as teorias da conspiração para 2022.

3 Que as esquerdas aprendam (não vão aprender) uma coisa: num país em que metade da população não sabe o que é saneamento básico, campanhas identitárias terminam em crise de identidade.

4 Bolsonaro começou a ser eleito em junho de 2013. Quando a esquerda resolveu protestar por mais esquerda, despertou a direita. O que é bom, goste-se ou não desta ou daquela versão da direita. Os tais “20 centavos” saíram mais caro do que imaginavam. Bem feito.

5 PT e Ciro Gomes: “Perdoa-me por me traíres.”  

6 Quero o fim da Ursal, do Foro de SP, da CBF, da Rede Globo de Televisão, da Veja, da ONU, do Mercosul, da ditadura de Nicolás Maduro, do PCC, do Comando Vermelho, do déficit orçamentário, da Lei Rouanet, da Petrobras, dos Correios, do Banco do Brasil, do telemarketing, da Hinode, da cebola na coxinha, dos cartórios, do SUS, da legislação trabalhista, dos homicídios, dos homicídios não solucionados, da Voz do Brasil, das reservas indígenas, do MST, da camada de ozônio, da reeleição, da urnas eletrônicas, do Paulo Freire, da USP e da propaganda eleitoral gratuita. Foi mais ou menos isso o que ele prometeu, não foi?

7 Esquerdistas reclamam do moralismo nas eleições. Pois houve. Foi uma campanha moral, no sentido de que valores, comprometimentos, demandas, reclamações, exigências e ressentimentos foram colocados em pauta. Estes apelaram às suas concepções de moral, aqueles apelaram às suas. O resultado tem nome: democracia.

8 Muita gente descobriu, a duras penas, que o voto do João do Mercadinho vale tanto quanto o do Pablo Vittar. Mais do que uma disputa entre convicções, o que tivemos foi um embate entre preconceitos.

9 Cabo Daciolo será o próximo prefeito do Rio de Janeiro.

10 Fernando Haddad é pau, é pedra, é o fim do caminho. Ele disse se considerar “pós-marxista”. Na verdade, nunca passou de um “pós-candidato”.

11 Jair Bolsonaro se notabilizou por afrontas, ataques, polêmicas e piadas. Que ele continue a gostar de tudo isso, agora que seus tempos de pedra acabaram. É mais difícil ser vidraça.

12 Eu tinha saudades dos discursos da Dilma Rousseff. Não tenho mais. Jair é meu presidente, nada me faltará.

13 Guilherme Boulos não pontuou.

14 Lula tá preso, babaca.

15 O nióbio é nosso. O grafeno é nosso. O petróleo é estratégico.

16 Com o fim do período eleitoral, todo mundo pode dizer a verdade sem se preocupar com as consequências.

17 Essas eleições provaram: no Brasil, liberal não aguenta cinco minutos de incerteza.

18 A mentira é a menor distância entre o eleitor e seu candidato.

19 Eu sempre acho graça das pesquisas que agrupam intenções de voto entre mais escolarizados e menos escolarizados. Considerando que estamos no Brasil, nunca se sabe ao certo quem é quem.

20 Não, a sua tia não é fascista. Não, seu primo não é comunista. No Brasil, o máximo que se consegue é ser brasileiro, e daquele jeito bem brasileiro de sê-lo.

21 Tem que mudar isso daí, supondo-se que se saiba o que é ou virá a ser isso daí.

22 Paulo Guedes já foi trocado por algum general?

23 Se a pedagogia do Paulo Freire destruiu a educação do país, foi responsável pelos governos petistas, homossexualizou a população e nos transformou numa sociedade de analfabetos funcionais, a vitória de Jair Bolsonaro representa o que, exatamente? Mistérios.

24 As eleições são o “Boa noite, Cinderela” da democracia.

25 Ensaio crítico sobre a Carta de Pero Vaz de Caminha: “É verdade esse bilete.”

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