Biden, o mágico
O senador Joe Biden expulsou o Hezbollah do Líbano. Junto com a França. Foi o que ele disse ontem no debate. Mas como as tropas da Otan não ocuparam o vácuo, como ele recomendara, o Hezbollah voltou. Agora, legitimamente eleito, faz parte do governo. Michael Totten está horrorizado. E o cara conhece de Líbano. Acho que até Robert Fisk diria ao senador Biden que, não, nunca ninguém tirou o Hezbollah do Líbano.
Audiência
Projeção mostra que mais de 70 milhões de pessoas assistiram ao debate. Caso o número se confirme, é a maior audiência desde Reagan-Carter em 80. Sarah Palin em Berlim, já!
Expectativa
Se você nunca havia ouvido falar em Sarah Palin até a noite de ontem, seria correto que sua mente concluísse: “fraquinha”. Se você a conhecia, não seria errado que você concluísse: “caracas, praticamente um Rafael Greca de saias.” Ok, estou exagerando, but you get the point.
Cola
Mas Palin não foi bem porque virou gênio da noite pro dia. Ela lia o que ia dizer — não necessariamente uma resposta à pergunta. Por causa do formato do debate, foi uma tática fácil — e a mediadora, que não contestava nada, colaborou. No meio de uma resposta sobre qualquer assunto, Palin dizia: “podemos falar do Afeganistão? Acho muito importante”, e dá-lhe ler os papéis sobre o Afeganistão. “Que bom que você falou em educação, Joe, é um tema que eu queria falar”, e dá-lhe leitura. Compilação feita pelo ThinkProgress:
Correção: Ops! Esqueça o vídeo e o que foi dito acima. Palin não lia nada que pudesse ter sido escrito previamente, segundo Marc Ambinder. As regras do debate não permitiam levar anotações. O que estava disponível eram papéis em branco. Logo, o que ela leu foi apenas o que ela mesmo escreveu enquanto seu rival falava. Isso não muda muito sua estratégia — não responder às perguntas e passar a falar sobre algo que fora martelado na cachola –, apenas a torna um pouquinho mais difícil. De qualquer forma, perdoe a precipitação.
Conclusões
Nada mudou. Obama continua favorito, mas, you betcha!, ele ainda pode perder.
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