• Carregando...
(Daniel Castellano/ Gazeta do Povo)
(Daniel Castellano/ Gazeta do Povo)| Foto:
(Daniel Castellano/ Gazeta do Povo)

(Daniel Castellano/ Gazeta do Povo)

Enquanto ainda estamos degustando o inesquecível Atletiba de domingo passado, jogo na mesa um Atletiba bem esquecível, o jogado no Willie Davids, em 25 de maio de 2015. O jogo foi em Maringá porque o Atlético pagava punição pela Batalha de Joinville. Atletiba assistindo por 1.063 torcedores. Melancólico na arquibancada, fraco tecnicamente dentro de campo, mas vencido com total justiça pelo Furacão. Clássico com duplo significado para Alex: foi o pior jogo dele pelo Coritiba e por pouco não foi último da sua carreira.

 

A avaliação de pior jogo foi feita pelo próprio Alex na segunda-feira (22), no Bate-Bola da ESPN. O atual comentarista do canal esportivo falava da mudança brusca de estilo que o Vasco teria ao trocar Doriva por Celso Roth. Bem parecido ao vaivém no comando técnico do Coritiba em 2014, do moderno Dado Cavalcanti ao conservador Roth e para o moderno Marquinhos Santos.

 

Diferença acentuada na política de coletivos com duração e pegada de jogo adotada por Roth. Na explicação da mudança de estilo que entra o relato do Atletiba de Maringá como pior jogo de Alex no Coritiba.

 

“Talvez tenha sido o meu pior jogo no Coritiba, que foi um Atletiba em Maringá. A gente vinha de um jogo com o Sport no domingo [na verdade, contra o Cruzeiro no sábado], um com o Inter no meio de semana e o Atletiba no domingo. Só que no meio disso a gente teve dois jogos, que foram dois coletivos de duas horas. Quando chegou no domingo e subiu a placa e eu ia sair [aos 27 minutos do segundo tempo]. Eu sentei no banco… Eu agradeci. Não aguentava mais estar em campo. Foi um jogo pesado com chuva, um coletivo pesado que o reserva quer ganhar do titular. Como Celso não tem aquele coletivo mais leve. Eu, aos 37 anos, podia tentar um coletivo mais tranquilo. É uma mudança drástica e eu senti isso na pele. Na hora que eu sou substituído, eu agradeço o Celso. Na verdade eu não tinha feito dois jogos, tinha feito quatro. O Atletiba era o quinto”, contou.

 

A ideia de parar após o Atletiba em Maringá foi contada pelo próprio Alex, em janeiro, em entrevista à Gazeta do Povo. Ao relembrar seu último ano como jogador profissional, Alex contou dos dois momentos em que pensou em antecipar a aposentadoria: a eliminação para o Maringá na semifinal do Paranaense e este clássico no Willie Davids.

 

“…A outra foi o Atletiba de Maringá, que talvez em mais de mil de jogos tenha sido um dos mais melancólicos que eu fiz. Tanto pelo lado do Atlético como pelo nosso. Foi em um lugar sem referência nenhuma do futebol da capital. As pessoas são muito mais preocupadas com o futebol paulista. Tinha mil pessoas no estádio, se tanto. Um jogo ridículo, horrível, que não saía mais de três passes seguidos. O Atlético definiu em cinco minutos ruins nossos. Nem externei muito na época, foi mais o jogo do Maringá [que pensou em se aposentar]. E três, quatro dias depois anunciei que pararia depois do jogo do Bahia”, contou.

 

Na época do jogo do Maringá, a leitura de Alex era de que o Coritiba teria tempo para montar um time sem ele para o Brasileiro. Foram três semanas entre a eliminação no Paranaense e o início do Nacional. Depois do Atletiba em Maringá o BR-14 teve mais duas rodadas e 45 dias de recesso para a Copa, o que também daria essa chance de remontagem.

 

No fim Alex não parou depois do Paranaense. Nem depois do Atletiba. Jogou até dezembro e retirou-se com uma grande festa contra o Bahia. Deixou duas boas histórias de bastidores. E deixou claro que o Celso Roth precisa se modernizar.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]