O ex-presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, teve as contas de seu último ano de mandato reprovadas pelo Conselho Deliberativo do clube, em reunião realizada nesta segunda-feira (30). Antecedida por discursos inflamados de conselheiros ligados a Vilson e ao grupo que dirige o clube atualmente, a votação foi nominal e aberta. Terminou com 78 votos pela reprovação (a maioria, de conselheiros novos) e 67 pela aprovação (a maioria, de conselheiros natos e vitalícios). Foi a primeira vez na história do Coritiba que um presidente teve as contas reprovadas.
O principal motivo para a reprovação foi o salto na dívida consolidada do Coritiba: de R$ 155,7 milhões em 31 de dezembro de 2013 para R$ 203,3 milhões em 31 de dezembro de 2014. Deste montante, metade é dívida de curto prazo. Ou seja, com vencimento até 31 de dezembro de 2015. Parte dela deve ser absorvida pelo Profut.
Nenhum conselheiro acusou ilegalidade na prestação de contas. Mas todos os contrários às contas apontaram o estouro do orçamento previsto e a falta de detalhamento deste excedente como pontos que precisam ser esmiuçados.
O caminho a ser seguido é submeter as contas a uma auditoria externa, para detectar eventuais furos. Na prática, porém, esse trabalho já tem sido feito por uma auditoria contratada pela nova diretoria e por uma auditoria interna, formada pelos coxas-brancas Luiz Henrique de Barbosa Jorge, Luiz Eugênio de Lima e Luiz Betenheuser. O estatuto alviverde fala em inelegibilidade para dirigentes que tiverem suas contas reprovadas.
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