Não há multa que prenda o Coritiba a Celso Roth,e vice-versa. Qualquer uma das duas partes pode romper o contrato sem indenizar a outra. É no fio do bigode, como diria a turma de antanho.
A informação veio à tona com a demissão de Enderson Moreira no Grêmio, após a derrota para o Coxa, domingo. Como é praxe, se tem casamata vazia na dupla Grenal, o nome de Roth é cogitado. Vilson Ribeiro de Andrade informou ao Zero Hora, na tarde de ontem, que não há multa caso Roth queira sair. Repetiu essa informação ao blog e disse que também não há indenização caso o clube queira dispensar o treinador.
“O Celso é um homem de palavra e confio nisso acima de tudo”, disse Vilson, ciente de que, se ainda não aconteceu, é provável que uma consulta aconteça ao treinador.
Ribeiro e Roth jantaram juntos domingo à noite, em Porto Alegre. Festejaram a vitória sobre o Grêmio e o dirigente reafirmou a confiança no trabalho do treinador, que já era firme mesmo antes da vitória.
Quando foi contratado, Roth não era a primeira opção. O Coritiba falou antes com Ney Franco, que pediu para esperar o término do Campeonato Baiano. Ele achava que seria demitido caso perdesse. O Coxa não podia esperar e foi a Porto Alegre buscar treinador. O Vitória perdeu o título para o Bahia, mas Ney Franco não caiu. Foi embora para o Flamengo com o Brasileiro já em andamento. Durou sete jogos e caiu semana passada, em meio à pressão de torcedores e conselheiros alviverdes pela queda de Roth. Nem isso deu uma coceirinha na mão de Vilson para ligar ao treinador.
“O Ney Franco é meu amigo, liguei para ele depois da demissão, mas não tem nada. O Celso está fazendo um ótimo trabalho, mas os resultados não estavam vindo”, disse Vilson.
A percepção do presidente é a mesma dos jogadores. No Grêmio, Felipão é a bola da vez. No futebol, certezas mais firmes da permanência do treinador que a palavra e o fio do bigode.
Deixe sua opinião