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(Antonio More/ Gazeta do Povo)
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O atacante Giancarlo receberia um bônus à vista pela assinatura do contrato. (Antonio More/ Gazeta do Povo)

R$ 4,4 milhões por uma relação de trabalho que durou seis dias. É o que atacante Giancarlo cobra do Coritiba na Justiça, em ação impetrada na tarde desta terça-feira. Os advogados do jogador consideram que houve vínculo entre o jogador e o Coxa, no mínimo, de 9 de setembro, quando foi divulgado pela imprensa o acordo, a 15 de setembro, quando deveria haver uma conversa entre os presidentes dos clubes para resolver a questão e Vilson Ribeiro de Andrade afirmou que Giancarlo não jogaria no Alto da Glória.

Danos materiais

O jogador pede R$ 406 mil em danos materiais, divididos em três partes: 1) R$ 320 mil que ele receberia em salários e direitos de imagem por um vínculo de quatro meses; 2) R$ 6 mil em bichos e premiação dos três jogos do Paraná que não disputou por causa da negociação, contra Joinville, Santa Cruz e Ceará; 3) Indenização de R$ 80 mil por desvalorização profissional.

Danos morais

Giancarlo também cobra danos morais em valor não inferior a 50 vezes o que seria a sua remuneração mensal. Ou seja, R$ 4 milhões.

Um por vez

Assim que for notificado, o Coritiba tem 24 horas para formalizar que não deseja contar com Giancarlo. Todos os outros valores cobrados pelo atacante dependem do parecer do juiz para serem executados. O andamento da ação do atacante determinará a entrada do Paraná com um processo próprio.

Camisa 90

Para comprovar que o negócio foi fechado, a ação relata que já havia até uma camisa reservada a Giancarlo: número 90. O atacante esteve no CT da Graciosa dia 10/9. Recebeu material de trabalho (calção, meias e toalhas), fez entrevista com fisiologista e nutricionista, realizou exame cardiológico e foi orientado a se reapresentar no dia seguinte, às 9 horas, com o restante do elenco.

O Coxa não assinou

A última folha do contrato de cessão de Giancarlo, assinado pelo jogador e pelos representantes do Paraná, mas sem o visto dos dirigentes do Coritiba e de Anderson Aquino. (Reprodução)

A última folha do contrato de cessão de Giancarlo, assinado pelo jogador e pelos representantes do Paraná, mas sem o visto dos dirigentes do Coritiba e de Anderson Aquino. (Reprodução)

O contrato de cessão de Giancarlo ao Coritiba está anexado ao processo. O documento está assinado pelo atacante, pelo presidente e pelo vice-jurídico do Paraná, além do superintendente Celso Bittencourt (como testemunha). Não há nenhuma assinatura de dirigente ou representante do Coritiba. A não assinatura foi apontada por Vilson Ribeiro de Andrade em entrevistas como prova de que o negócio não foi fechado.

De graça

Outra assinatura que falta é a de Anderson Aquino. O Coritiba ficaria responsável pelo pagamento integral do salário e dos encargos referentes ao jogador durante o período de empréstimo, até 31 de dezembro deste ano.

 Troca de e-mails

Em e-mails trocados entre os departamentos jurídicos dos clubes, o gerente de contratos e registros do Coritiba, Lucas Pedrozo, informa ao Paraná que conseguiria as assinaturas necessárias para concluir o negócio na sexta-feira, 12 de setembro.

O coração

Um dos motivos do impasse na negociação, os exames cardíacos de Giancarlo foram anexados ao processo. São 19 páginas referentes à bateria de testes realizada no Hospital Cardiológico Costantini, atestando que o jogador estava apto a jogar futebol. No teste de esforço cardiopulmonar, a conclusão é de que “o teste de esforço cardiopulmonar revelou tolerância normal ao exercício dinâmico progressivo, com presença de alterações eletrocardiográficas que não permitem afastar isquemia miocárdica. Sem evidência de anormalidades cardiovasculares ou respiratórias significativas”.

Mas não tinha acabado?

Anunciado como extinto pelo presidente Vilson Ribeiro de Andrade, o pagamento de direito de imagem estava previsto no acordo de Giancarlo com o clube. O jogador receberia 59,6% dos seus vencimentos em carteira e 40,4% em imagem. Também haveria pagamento à vista de R$ 130 mil de luvas.

Nos acréscimos

“O Jobson está com caneta e papel de novo para escrever o futuro dele.”

Vagner Mancini, técnico do Botafogo, sobre a nova chance que o atacante Jobson recebe para retomar a carreira.

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