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Jérôme Valcke durante visita à Arena da Baixada, em abril do ano passado: para a Fifa, cinco cidades bastam na Olimpíada. (Albari Rosa/ Gazeta do Povo)
Jérôme Valcke durante visita à Arena da Baixada, em abril do ano passado: para a Fifa, cinco cidades bastam na Olimpíada. (Albari Rosa/ Gazeta do Povo)| Foto:

A possibilidade de o torneio olímpico de futebol na Rio-2016 ganhar novas sedes motivou um (tímido) aceno de Curitiba. Pois a cidade pode abaixar a mão. Em entrevista ao canal SporTV, na quarta-feira (21), o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke mostrou-se favorável a manter o planejamento inicial para o futebol, de seis estádios distribuídos por cinco cidades. E Curitiba não está entre elas.

 

“Os jogos são organizados pelo Rio e o futebol é o único esporte que não pode ser jogado em uma cidade apenas. O Rio tem dois estádios, Maracanã e João Havelange. Desde o começo falamos de Brasília, Belo Horizonte, Salvador e São Paulo. Seriam cinco cidades e seis estádios”, disse ao SporTV.

 

Jérôme Valcke durante visita à Arena da Baixada, em abril do ano passado: para a Fifa, cinco cidades bastam na Olimpíada. (Albari Rosa/ Gazeta do Povo)

Jérôme Valcke durante visita à Arena da Baixada, em abril do ano passado: para a Fifa, cinco cidades bastam na Olimpíada. (Albari Rosa/ Gazeta do Povo)

Embora seja organizada pelo COI, a Olimpíada tem a participação direta das federações internacionais na disputa das modalidades. Assim, a Fifa é parceira do Comitê Olímpico Internacional e do Comitê Organizador Local na gestão do futebol olímpico, com poder de decisão na formatação da disputa.

 

Valcke descartou nominalmente Manaus. E adotou um discurso que também afasta Porto Alegre dos Jogos.

 

“Falaram que mandariam uma equipe verificar Manaus, que foi ótima na Copa, mas o princípio do Jogos é que eles não aconteçam longe do Rio de Janeiro, para que os atletas fiquem na Vila Olímpica. É diferente da Copa, tem o espírito olímpico, aquela troca entre os atletas, o (Roger) Federer com Neymar, com os nadadores, é uma confraternização do futebol com os demais esportes. Essa é a ideia. Não é outra Copa, são Jogos Olímpicos”, afirmou.

 

A única fala do dirigente que representa alguma esperança a Curitiba é de que o futebol deve ser jogado em um perímetro de 90 minutos de distância aérea do Rio de Janeiro. “Há arenas lindas no perímetro de 90 minutos do Rio. A posição da Fifa é: usem os estádios da Copa porque se justificam os investimentos. Foi gasto dinheiro para construir e reformar estádios”, disse. “Mencionamos essas quatro cidades [São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Salvador] que não são longe do Rio. Falamos com (Carlos Arthur) Nuzman e com o Comitê Organizador para que falassem com as autoridades brasileiras. Queremos que usem os estádios da Copa e não gastem dinheiro adicional. Os estádios desenvolvidos são ótimos”, afirmou.

 

A discussão sobre ter mais estádios no torneio olímpico de futebol foi levantada por causa das condições dos gramados. Somando as competições masculina e feminina, a Olimpíada tem a disputa de 58 partidas em 18 dias. Para realizar 64 jogos, a Copa do Mundo de 2014 durou 32 dias e passou por 12 estádios.

 

Valcke teve uma delicada relação com Curitiba nos preparativos para a Copa de 2014. Após enérgicos pitos na organização local, deu um ultimato à cidade dia 21 de janeiro do ano passado e só confirmou a cidade no Mundial nos mês seguinte. A favor da cidade pesariam o fato de a Arena da Baixada estar pronta e de a operação nos dias de jogos ter ficado entre as mais bem avaliadas pela Fifa e o Comitê Organizador Local.

 

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