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Wellington Paulista e Kléber, companheiros no Cruzeiro e juntos novamente no Coritiba. (Washington Alves/ Vipcomm)
Wellington Paulista e Kléber, companheiros no Cruzeiro e juntos novamente no Coritiba. (Washington Alves/ Vipcomm)| Foto:
Wellington Paulista e Kléber, companheiros no Cruzeiro e juntos novamente no Coritiba. (Washington Alves/ Vipcomm)

Wellington Paulista e Kléber, companheiros no Cruzeiro e juntos novamente no Coritiba. (Washington Alves/ Vipcomm)

Kléber Gladiador está na cidade para assinar com o Coritiba e ser o grande reforço do clube para a temporada. Sendo bem direto, o que o Coritiba precisa do Gladiador dentro de campo é que ele seja o mesmo que Walter foi para o Atlético: o ponto de virada de um time que estava perdido na temporada.

 

Milton Mendes reconstruiu o time do Atlético em torno de Walter. O gordinho tem liberdade total para jogar no ataque. É centroavante quando precisa. Recua para ser armador quando o Atlético parte em velocidade. Cai pelos lados de campo para fazer o ponta quando a defesa adversária precisa ser desarrumada. Coutinho cresceu com Walter. Nikão apareceu com Walter. O Atlético foi para a ponta do Brasileiro com Walter. Enquanto Walter era a certeza de que as coisas estariam resolvidas no ataque, Milton Mendes pôde ajustar a defesa, o outro porto seguro do ótimo início de Brasileiro do Atlético.

 

Ney Franco é esperto o suficiente para saber que a partir do momento em que Kléber estiver em campo, o Coritiba deve jogar em torno dele. O Gladiador sabe ser homem de área e também cair pelos lados do campo. Não tem tanto potencial de armação como Walter, mas sabe se virar bem longe da área.

 

Algumas questões, porém, precisam de resposta positiva para que o efeito Gladiador seja o mesmo que o efeito Walter. A primeira é a qualidade dos companheiros de Kléber. Thiago Galhardo e Ruy tiveram bons momentos em diferentes partidas, mas ainda precisam ser confiáveis o bastante para alimentar o Gladiador. Lúcio Flávio precisa mostrar que ainda pode manter na Série A o nível que tinha na B. Negueba e Wellington Paulista têm uma clara limitação técnica que não se resolverá por passe de mágica – os dois são piores que Douglas Coutinho, que cresceu com Walter, mas Wellington Paulista teve um bom momento com Kléber no Cruzeiro. Por outro lado, Carlinhos (quando voltar) terá um alvo mais eficiente para o seu cruzamento. E paralelamente a tudo isso, Ney Franco precisará resolver a outra ponta, o ajuste da defesa – uma defesa prestes a perder seu jogador mais confiável (Leandro Almeida) e com graves problemas de proteção.

 

O próprio Gladiador precisa apagar algumas interrogações. Ele não fez um jogo sequer em 2015. Precisará de tempo para entrar em forma, adquirir ritmo de jogo e encaixar na equipe. Também se faz necessária uma boa explicação (ao jogador e pública) de Rogério Bacellar para o jogador que em janeiro poderia destruir o ambiente hoje ser solução para o clube. Isso com o campeonato correndo e, talvez, com mais pontos escorrendo pelos dedos.

 

Ao menos o primeiro passo (a chegada de um reforço de peso) foi dado. O que o Coritiba precisa ter consciência é de que, assim como foi com Walter no Atlético, a vinda de Kléber é o passo mais firme de uma longa caminhada.

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