Ulisses Maia é prefeito de Maringá, base política da família Barros, e filiado ao PDT, partido de Osmar Dias. Desde que Cida Borghetti (PP) assumiu o governo do estado, essa divergência tem deixado Maia em situação complicada. Ele tem que se equilibrar em uma linha fina entre o compromisso partidário com Osmar Dias e uma boa relação com a governadora que possa garantir a Maringá os benefícios de ter alguém ligado a cidade no comando do estado.
O histórico da relação de Maia com a família Barros deixa ainda mais evidente a encruzilhada em que se encontra o prefeito. Em 2016, ele foi eleito ao derrotar Silvio Barros (PP), irmão do deputado-federal Ricardo Barros (PP). Chegou ao cargo, portanto, saudado como o anti-Barros, o homem capaz de derrotar uma dinastia política local.
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O que complica a história é que Maia começou na vida pública com o apoio da família Barros. Por quatro anos, foi chefe de gabinete de Silvio Barros, a quem derrotou nas eleições de 2016.
Para equilibrar os interesses, Maia tem apostado em um discurso de separação das obrigações partidárias e de seus compromissos como gestor. Em uma entrevista concedida à Rádio CBN Maringá no começo de abril, Maia disse que seu partido político é Maringá. Questionado se apoiaria um candidato de outro grupo político que trouxesse recursos para Maringá, Maia levantou a bandeira branca.
“Olha, não sei se apoiar, mas, pelo menos, não atrapalhar. Isso já é grande coisa. Nós já tivemos muitos atritos políticos em Maringá no passado e a cidade foi prejudicada”, afirmou o prefeito, que no dia 6 de abril compareceu ao evento de posse de Cida.
Recentemente, Cida Boghetti liberou R$ 13,8 milhões para a recuperação do Contorno Sul de Maringá. O anúncio foi feito em audiência com o prefeito Ulisses Maia.
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