Flavio Arns está prestes a entrar no Podemos. O senador ainda não confirma a informação oficialmente, mas, nos corredores do Congresso Nacional, a troca é dada como certa. O convite para mudar de legenda foi feito pelo colega Alvaro Dias, que lidera a bancada do Podemos no Senado. Como a Rede, atual sigla de Arns, não superou a cláusula de barreira nas eleições de 2018, seus parlamentares estão em busca de novos grupos, onde poderão ter acesso a financiamento público de campanha.
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Para os paranaenses, o principal impacto da mudança de Arns é que o Podemos passa a ser um grupo político poderoso no estado – seguindo os passos nacionais da legenda. Sendo a sigla dos três senadores paranaenses, o Podemos ganha importância regional. Atualmente, no Paraná, o Podemos tem um deputado federal, Diego Garcia, e um estadual, Galo.
Tanto os deputados como os três senadores da legenda são próximos ao governador Ratinho Junior, portanto essa movimentação não vai representar resistência ao governo. O maior espaço de crescimento para o Podemos parece estar no vácuo de centro-direita deixado pelo PSDB, que definhou no Paraná, especialmente após as prisões do ex-governador Beto Richa. O trunfo retórico do partido para crescer no Paraná é a defesa intransigente que tem feito da Lava Jato e das pautas dela derivadas, como, por exemplo, o pacote anticrime do ministro Sergio Moro e a instalação da CPI da Lava Toga, para investigar irregularidades em cortes superiores.
A chegada de Arns coincide com a de Cesar Silvestri Filho, prefeito de Guarapuava, que vai assumir a presidência do partido que até a última semana era ocupada pelo ex-deputado Marcelo Almeida. O novo presidente da legenda vai ter a função de dar capilaridade ao partido, que tem crescido rapidamente em Brasília – sobretudo no Senado Federal – mas precisa conquistar mais espaços nos estados e municípios.
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O momento da mudança é acertado. Com os três senadores no Podemos e com Cesar Silvestri Filho olhando para a expansão local, o Podemos tem chance de conquistar uma boa quantidade de prefeituras e cadeiras nas Câmaras Municipais já na eleição de 2020. Essa base servirá de apoio para os projetos nacionais do partido.
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