O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados instaurou na terça-feira (3) um processo contra o deputado Filipe Barros (PSL-PR). O processo decorre de uma representação apresentada pelo Partido dos Trabalhadores e pelo senador Humberto Costa (PT-PE). Eles acusam Barros de ter proferido “de forma inadmissível e ofensiva expressões que maculam a honra” do PT e do senador.
Filipe Barros é o segundo paranaense a ser denunciado no Conselho de Ética. O também londrinense Boca Aberta (Pros) foi alvo de duas denúncias.
A representação contra Barros se refere a um episódio ocorrido durante uma reunião da CPI das Fake News, quando Filipe Barros acusou o PT de ter relações com o PCC e insinuou que Costa teria ligação com esquemas de desvios de recursos da Operação Vampiro, da qual o senador foi absolvido.
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Para os denunciantes, “fazer uso da palavra em reunião de uma CPMI para utilizar expressões caluniosas, difamantes e injuriosas dirigidas a partido político e a parlamentar, revela verdadeiro abuso da prerrogativa conferida aos integrantes do Parlamento, extrapolando, portanto, os limites da garantia constitucional da imunidade parlamentar”.
O deputado paranaense rebateu a representação e acusou o PT e o senador Humberto Costa de fazerem uso político do Conselho de Ética.
“Nós estamos num parlamento. É natural que haja divergências e discussões acaloradas entre os parlamentares. Esse é o local propício para isso. Com o respeito que tenho por todos os membros dessa comissão de ética, tenho percebido que alguns partidos têm se utilizado dessa comissão, que é uma das mais importantes da Casa, com objetivo político. Tenho divergências naturais, óbvias, com membros do Partido dos Trabalhadores. Por inúmeras vezes discordo veementemente de posições que deputados do PT colocam, mas nunca me utilizei do expediente de denunciar esses parlamentares porque entendo que o parlamento é o local propício discussões. Essa comissão não pode ser utilizada como tentativa de censurar aqueles que discordam, que pensam de forma divergente”, afirmou.
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