O Ministério Público do Paraná instaurou um inquérito civil para apurar se houve aumento abusivo no preço dos combustíveis durante a greve dos caminhoneiros. A investigação foi aberta pelo promotor Maximiliano Deliberador, da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor.
No documento que instaura o inquérito civil, Deliberador argumenta que ainda que esteja garantido o princípio da livre concorrência, há que se verificar se não houve abuso do poder econômico.
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A primeira providência do Ministério Público foi enviar um ofício ao Sindicombustíveis Paraná pedindo que o sindicato solicite aos seus filiados que encaminhem à promotoria no prazo de 15 dias todas as notas fiscais de compra de etanol, gasolina e diesel e amostras das notas de venda dos mesmos combustíveis.
No ofício, o procurador informou que como esses dados são sigilosos, os empresários não são obrigados a enviá-los. Entretanto, defende o procurador, abrir mão desse sigilo seria relevante tanto para a investigação como para a sociedade.
Em Curitiba, a Gazeta do Povo mostrou que a gasolina ficou R$ 0,44 mais cara após a greve dos caminhoneiros. No dia 21 de maio, o preço médio pago por um litro de gasolina comum era de R$ 4,06, de acordo com o levantamento semanal de preços feito pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). No sábado (2), o preço médio pago pela gasolina na cidade é de cerca de R$ 4,50, de acordo com o aplicativo Menor Preço, do Governo do Paraná.
Como mostrou o jornalista Rogério Galindo, esse aumento fez com que os postos elevassem sua margem de lucro em mais de 100% em apenas duas semanas.
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