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João Amoêdo, candidato à Presidência pelo Novo, faz campanha em Londrina. (Foto: Divulgação/Facebook)
João Amoêdo, candidato à Presidência pelo Novo, faz campanha em Londrina. (Foto: Divulgação/Facebook)| Foto:

Neste ano, o Partido Novo disputou pela primeira vez as eleições gerais. No Paraná, o partido que lançou apenas 16 candidatos a deputado federal – sem chapa de estadual, nem candidatos a cargos majoritários – obteve 145,6 mil votos. O resultado equivale a 76% do quociente eleitoral. Em outras palavras, faltaram 45 mil votos para que a legenda elegesse um representante.

A candidata mais votada do partido, Indiara Barbosa, chegou a 30,9 mil votos. Pouco abaixo da deputada paranaense eleita com a menor votação – Aline Sleutjes (PSL), com 33,6 mil votos. O desempenho de Indiara, entretanto, não ficou distante de nomes fortes da política estadual, como os deputados Luiz Carlos Hauly (PSDB) e Alfredo Kaefer (PP).

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Olhando o copo meio cheio, o desempenho do Novo foi muito bom para um partido ideológico que disputou o pleito estadual pela primeira vez. O PSOL, por exemplo, que tenta eleger parlamentares no Paraná desde 2006, conseguiu fazer votos equivalentes a apenas 18% do quociente na disputa por uma cadeira na Câmara Federal.

Sob essa perspectiva, faz sentido o texto que o partido publicou em sua página de Facebook agradecendo aos eleitores e militantes. Na publicação, além de comemorar o resultado nacional – onde teve 20 deputados eleitos (9 federais, 11 estaduais e 1 distrital) – a legenda diz que apesar de não ter eleito representante no Paraná, não há motivos para lamentar

“As eleições de 2020 começam hoje e todos nós já devemos começar a trabalhar para buscarmos bons nomes para as campanhas municipais”, finaliza.

Por outro lado, o do copo meio vazio, o Novo não conseguiu aproveitar a oportunidade oferecida pela conjuntura. O perfil do partido parecia responder a algumas demandas do eleitorado por renovação, mudança e políticas liberais. Entretanto, a onda Bolsonaro deixou pouco espaço para discursos antissistema. Foi o PSL, e não o Novo, que galvanizou as insatisfações do eleitorado que deram o tom às eleições deste ano.

Considerando que é difícil prever qual será o clima e as demandas políticas nas eleições de 2020 e 2022, o Novo do Paraná não elegeu nenhum candidato na disputa que parecia moldada a seu discurso.

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