
Depois de um ano de relações atribuladas com o Congresso Nacional, o presidente Jair Bolsonaro parece disposto a recorrer a políticos tradicionais para dar conta da articulação entre Executivo e Legislativo. Nesta semana, quem assumiu um dos cargos de vice-líder do governo no Congresso foi o paranaense Ricardo Barros (PP), que já foi líder dos governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula (PT) e ministro da Saúde de Michel Temer (MDB).
A vice-liderança não dá a Ricardo Barros o mesmo poder de articulação que tinha nas outras gestões, mas abre uma porta para o parlamentar no governo. Desde antes de Bolsonaro assumir o mandato, Barros parecia cortejar o presidente e sua equipe em busca de espaço no governo. Um desses gestos foi feito nos meses em que sua esposa, Cida Borghetti (PP), governou o Paraná. Recém-eleito presidente, Bolsonaro foi condecorado com a Ordem do Pinheiro, maior comenda do estado, mas não foi ao Paraná receber a homenagem.
Depois disso, Barros ainda gravou vídeos de apoio ao novo presidente e se colocou à disposição do ministro Sergio Moro para ajuda-lo na tramitação do pacote anticrime.
Sem espaço, no governo, Barros retomou o tradicional protagonismo no Congresso ao relatar a lei de abuso de autoridade. No processo, ele se fortaleceu politicamente ao conseguir fazer com que o resultado final da legislação ficasse muito mais alinhado com as propostas dos parlamentes que com as intenções entidades representativas do Judiciário.
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