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Não passa uma semana sem que vejamos manifestações nefastas dos arroubos em nome da defesa da democracia. Dia sim, outro também, vemos gente processada indevidamente – e sem qualquer respeito ao devido processo legal –, direitos fundamentais apagados sem qualquer pudor, perseguições políticas, liberdade transformada em inimiga, condenações absurdas (lembram da moça do batom?), gente que morreu na cadeia (o Cleriston) porque o Poder Supremo se tornou tão supremo que perdeu qualquer resquício de humanidade. Tudo em nome da tal democracia.
Já se falou muito sobre como o nome de Deus foi usado no passado para motivar atrocidades. E até hoje vemos isso acontecendo. Regimes teocráticos ainda pregam a morte de outras etnias e povos com base na religião. No Brasil de hoje, não há uma teocracia, mas há extremistas tão perigosos quanto os aiatolás. São gente que acredita que vale fazer qualquer coisa – qualquer coisa mesmo – incluindo aquilo que nunca poderia nem ser cogitado, em nome da suposta “defesa da democracia”. Mas será que esse empenho seria igual em outros cenários?
E se, no dia da posse do maluco eleito, Lula encasquetasse em não entregar o poder? Se chamasse o MST e sindicatos que roubam velhinhos para tomar a Praça dos Três Poderes e impedir a posse do maluco eleito? O que você, meu caro e sagaz leitor, acha que aconteceria?
Dias atrás, Lula, ainda mais envaidecido após, midiaticamente, tentar se colocar como Dom Quixote contra o gigante Donald Trump, disse que será “candidato para ganhar” porque não iria entregar o país de volta “para aquele bando de maluco”; depois emendou dizendo que não era só vontade dele, e que seria “o povo” que não deixaria os “malucos” voltarem. Mas e se o povo quiser que os “malucos” voltem?
Todo mundo – pelo menos toda a gente normal, essa que precisa trabalhar para viver e que não conta com um salário escandalosamente monstruoso – está sentindo na pele os efeitos das políticas lulistas, baseadas em gastos, aumento de impostos, pouca entrega, alinhamento com os piores países do mundo. É fato. Por isso, sua popularidade estava na lona, e só deu uma aumentadinha agora por conta da questão das tarifas. Mas até o ano que vem, muita coisa pode acontecer, inclusive para piorar as coisas para os brasileiros – que podem, então, decidir que é hora de dar uma chance pros “malucos” (quem melhor para tomar conta do hospício chamado Brasil?) e mandar Lula para casa.
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Acontece que hoje o povo não vale muito para os poderosos supremos. Os aiatolás democráticos não estão nem aí com o que o povo acredita ou quer para si. Só importa “defender a democracia” – e, de acordo com os Supremos Poderes, são justamente os “malucos” mencionados por Lula os inimigos a serem combatidos. E não esqueçamos também que são os Poderes Supremos que decidem quem é “maluco” ou não. Lula não quer que os “malucos” voltem ao poder; os supremos também não.
Mas e se o povo quiser vê-los de volta na presidência? Lula e, mais importante, os aiatolás democráticos deixariam que um “maluco” qualquer assumisse a presidência? E se, no dia da posse do maluco eleito, Lula encasquetasse em não entregar o poder? Se chamasse o MST e sindicatos que roubam velhinhos para tomar a Praça dos Três Poderes e impedir a posse do maluco eleito? O que você, meu caro e sagaz leitor, acha que aconteceria?
Veríamos Alexandre de Moraes mandando prender centenas de pessoas vestindo camisetas vermelhas, como fez com os camisas verde-amarelas? Censurando com canetadas os blogueiros comunistas e socialistas que pregam a morte de quem é de direita? Derrubando contas nas redes sociais de parlamentares de esquerda? Veríamos o supremo defensor da democracia colocando tornozeleira eletrônica e retendo o passaporte de Lula e companhia para evitar que eles fugissem para Cuba, China ou Venezuela? Não sei vocês, mas acho que não.




