A seleção brasileira está aí do nosso lado, dormindo no mesmo frio e acordando com as mesmas nuvens e, fora os 300 gatos pingados e abnegados fanáticos que foram e voltarão ao Umbará pra vê-la, não poderemos compartilhar com ela mais do que esta frivolidade durante os dias que ficará por aqui – o escrete canarinho vai embora amanhã.
E nem poderia ser diferente. Dunga escolheu Curitiba pra se isolar, não pra fazer festa com a torcida. Coincidiu de Johannesburgo, cidade sede que terá o privilégio de receber os herdeiros do pentacampeonato mundial, ficar parecida com Curitiba durante a Copa: fria, só isso.
A filha de Dunga, estilista, não faria roupagem melhor ao pai. Curitiba lhe caiu muito bem, um sujeito rijo, espetado, eriçado, duro, esquivo, cheio de frios nos bolsos. Daltontrevisaniano.
Curitiba e Dunga são almas gêmeas.
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