Se a Copa das Confederações está servindo de teste pro Mundial do ano que vem, o povão também está aproveitando o evento pra treinar protestos pra fazer, quem sabe, uma revolução em 2014, ano da Copa – e de eleições.
Na abertura da copinha, a presidente Dilma perdeu ótima oportunidade de ficar calada. Ou mesmo nem ter ido ao Estádio Nacional Um Bilhão Duzentos Milhões. Tentou falar, foi vaiada e resumiu seu pronunciamento a “considero aberta a Copa das Confederações”, algo assim, e, decerto, foi chorar em algum canto.
Os protestos por todo o país roubaram a cena do torneio e já são um fenômeno mundial, com apoio de vários países. A Copa das Confederações virou um torneio mundial antecipado, veja só. Campeonato Mundial de Protesto. Vence quem protestar mais e melhor. O pau tá comendo solto na pátria de chuteiras. Querendo ser país da bola, virou país da bala – de borracha.
Isso que dá o governo gastar zilhões pra atender os luxos da madame Fifa e à véspera da abertura do torneio permitir aumento no preço do transporte público em várias capitais. Além do mais, os preços dos ingressos pra assistir aos jogos da copinha são pra quem fatura em dólar ou euro, não em “iReal”.
Irreal também é a Fifa pedir aos repórteres para não fazerem perguntas “políticas”; a madame não quer questionamentos sobre as manifestações públicas e suas consequências sobre o torneio. Ora, ora, minha senhora…
P.s.: Todo protesto que começa com estudantes e nerds e é aderido pelo povão, dá caldo grosso, dos bons…
Deixe sua opinião