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Sorria, você está sendo filmado!
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Estamos de vuelta, depois de uma semaninha de descanso do cocuruto.

Li matéria ontem no caderno de Esportes da Gazeta, assinada pelo repórter Angelo Binder, que o Paraná Clube vai entrar com liminar contra a lei municipal que exige, na compra de ingresso, cadastramento dos torcedores, com foto e comprovante de endereço, além de câmeras nos pontos de venda e espalhadas pelos acessos aos estádios.

Ou seja, dependendo de seus antecendentes, na compra de um ingresso você leva de brinde um par de algemas.

A lei, de autoria dos vereadores Tico Kuzma, Roberto Aciolli e Juliano Borguetti, valendo desde 5 de abril, já vem sendo cumprida, parcialmente, pelo Atlético e Coxa, com seus planos de sócio-torcedor.

O Paraná Clube anda mais tímido no assunto. Porém, a queixa maior do jurídico tricolor, pela voz do advogado Alessandro Kishino, é que seria impraticável botar câmeras em todos os pontos de venda de ingressos, sobretudo em shopping, onde se costuma armar barraca para a comercialização dos bilhetes.

Bueno, não entendi muito bem a queixa de Kishino. A liminar é só por conta disso, de não querer – ou não poder – instalar câmeras nos pontos de venda? Todo shopping já tem seu sistema de segurança com câmeras. Se está vendendo ingresso num deles, a lei está sendo cumprida, oras bolas. Ou não?

Se estiver cambiando ingresso num quiosque de salame em alguma feira de rua sem câmera, ou troca-se de local, ou bota câmera no quiosque de salame, pois.

Não gosto muito desta coisa – cada vez mais ostensiva – de acompanhar nossos passos pelas lentes de sistemas de segurança e cadastramento pra tudo (vide George Orwell e seu clássico “1984”; distopia é um perigo à liberdade).

Mas parece ser este o preço que temos de pagar pela bandidada, que usa jogos pra apavorar. Na verdade, pode conferir: a horda de bagunceiros não vai a estádios. Fica nas ruas quebrando janelas de ônibus, seu esporte preferido. Dia de jogo é só pretexto. Os assombra-paus são poucos nas arquibancadas, se é que tem.

(O que aconteceu no Couto em dezembro do ano passado foi muito específico: ingresso a cincão e queda na qualidade da clientela – os tártaros tiveram trânsito livre e, na falta de janelas de ônibus, quebraram quase o estádio inteiro)

Voltando à liminar do Paraná: Kishino, explica melhor isso, vai.

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