Ontem foi um dia de fúria. Coisa de agosto. Nada funcionava, a começar pelo intestino, preso. Noite maldormida; cachorrinho do vizinho latindo ininterruptamente; lâmina de barbear não cortava mais; a única calça boa na máquina de lavar; a torradeira queimou; o pó de café tinha acabado; o leite havia azedado pacientemente na geladeira; a lanchonete abarrotada de famintos; o café da lanchonete queimado; o caderno de esportes da Gazeta foi surrupiado na portaria; o tablet teve de ser reinstalado; a tinta preta da impressora havia terminado; outro vizinho queria conversar sobre instituições de caridade; perdi o horário do almoço; comi um fat-sanduba – na mesma lanchonete do café; um amigo me visitou sem avisar – tive de convencê-lo de que estava trabalhando e só assim foi embora, brabo!; atrasei o envio daquela bobagem de toda terça; e a charge do caderno de Esporte; e a charge do caderno Vida e Cidadania; o supermercado fechou segundos antes; meu filho, André, chegou da facu esfomeado; antes de alguma ideia de janta, ele já havia comido a bandeja de ovos vazia e foi dormir; achei um miojo; achei também meia garrafa de vinho branco azedo; comi e bebi; e vim postar isto.
Hoje, mais pau de ustedes…
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