Um leão por dia…

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Cá estamos de vuelta, chicas y chicos. Esta foi uma semana estranha, muito estranha. E ainda não terminou – toc! toc! toc!

Terça-feira passada um colega da gente, o Victor, brilhante jornalista, jovem, tudo pela frente, teve sua vida roubada estupidamente por um ônibus biarticulado.

(Em 2008 eu já havia perdido um amigo por atropelamento. Uma moto dessas speed o acertou em cheio. Maldito trânsito, maldita pressa.)

Quarta-feira foi a vez do também jovem, muito jovem – apenas 21 anos – torcedor atleticano André Scaramussa morrer atropelado ao sair do Ecoestádio após o jogo do CAP contra o Roma. Lamentável, triste, doloroso.

A Polícia Rodoviária deu uma vacilada feia neste episódio. Grande parte dos quase 3.500 torcedores que lotaram o simpático estádio deixou seu carro no Parque Barigui, em frente, e tiveram de atravessar a perigosa e supermovimentada BR-277. A FPF também poderia ter previsto isso.

Na verdade já deveriam ter construído uma passarela elevada há tempos ali. Os moradores da região levam uma vida de cão, literalmente, pra atravessar aquela pista – a cada quilômetro, ou nem isso, um cachorro jaz à margem da estrada, alertando sobre o perigo.

Quanto aos biarticulados, não entendo como ainda não colocaram cercas ao longo de todas as caneletas. Cercas altas, intransponíveis e travessia de pedestres apenas nas esquinas, com sinaleiros.

E pra fechar o pacote de horror meu computador me deixou na mão aos 48 do segundo tempo, logo após o jogo do Coxa – sei que isso é bobagenzinha perto de desastres de trânsito, pero deu pra minha cabeza.

Ah, sim, e teve ainda, na estranha semana, aquele pau generalizado em estádio no Egito, com 74 mortes.

E não sei se rio ou se choro quando vejo alguns leitores dizendo que não fiz charge porque tô querendo sacanear um ou outro time.

Mandem bola, chicas y chicos. Mas peguem leve com o já chateado cartunista, que tem de matar um leão por dia…