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Fala do presidente Lula (PT) sobre o "genocídio" de Israel em Gaza gera crise diplomática para o Brasil.
Fala do presidente Lula (PT) sobre o “genocídio” de Israel em Gaza gera crise diplomática para o Brasil.| Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

A declaração de Lula no domingo, 18 de fevereiro, comparando a legítima reação de Israel contra o terrorismo do Hamas ao Holocausto foi repugnante em todos os sentidos. A diatribe do petista – ofensiva, delirante e violenta –, gerou forte reação internacional e dentro do país. Israel declarou, para nosso vexame, Lula “persona non grata”. É o primeiro presidente da nossa República a alcançar a triste façanha.

O mundo livre, igualmente, chocou-se com a manifestação de Lula. Nem entre as nações autoritárias, salvo Cuba e Rússia, viu-se aplausos à sua verborragia. De relevante, apenas o próprio grupo terrorista Hamas que, por nota oficial, deleitou-se e aproveitou para atacar os Estados Unidos e provocar a Corte Internacional de Justiça de Haia a declarar Israel um estado genocida. Um horror. Para que, então, serviu essa declaração tão racista e antissemita?

Lula quer cacifar-se para ser líder do dito Sul Global. O que está conseguindo é torrar o capital político que injustamente angariou.

Logo na esteira da fala de Lula, feita fora do “script” que lhe cabia segundo o texto escrito por sua assessoria, a imprensa aliada saiu em sua defesa da maneira mais previsível. Acusou uma suposta “escorregada” e que Lula deveria evitar falar além daquilo que constava do seu discurso preparado pelo Itamaraty. Não colou.

Ao invés de recuar, mesmo após o sabão público recebido do chanceler israelense Israel Katz, que convocou o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, ao Museu do Holocausto para ver com seus próprios olhos as atrocidades nazistas, Lula decidiu dobrar a aposta.

Primeiro por meio de seu assessor internacional, Celso Amorim, fez saber que não pediria desculpas como exigido pelo governo de Israel. Depois, por meio do chanceler brasileiro, Mauro Vieira, que convocou o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, e devolveu a reprimenda. Em resumo: a declaração de Lula não foi por acaso. Foi proposital, pensada e executada para gerar a reação que está gerando.

Lula quer cacifar-se para ser líder do dito Sul Global. O que está conseguindo é torrar o capital político que injustamente angariou no mundo livre, na esteira da rejeição criada na mídia e establishments internacionais à presidência anterior de Jair Bolsonaro. Nem os crimes cometidos por Lula no passado e que o levaram à cadeia são lembrados pela imprensa estrangeira. Quando o são, jornalistas encampam a narrativa mentirosa de que Lula foi na verdade perseguido ou posteriormente absolvido. De qualquer maneira, tal benevolência com Lula já está praticamente esgotada. Não há como defender o indefensável.

Por outro lado, Lula consolida apoios na sua militância radical e com as nações autoritárias, colocando o Brasil cada vez mais sob o risco de envolver-se em conflitos internacionais que não lhe pertencem. Esta sanha proposital de Lula precisa ser estancada imediatamente.

A mobilização parlamentar por seu impeachment já alcançou o número recorde de 137 assinaturas na tarde desta quarta-feira, 21 de fevereiro, baseando-se no artigo 5 da Lei 1.079/1950 que define como crime de responsabilidade “cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo de guerra ou comprometendo-lhe a neutralidade”. A intencionalidade da provocação a Israel e o apoio que o grupo terrorista Hamas deu a Lula demonstram que o presidente da República descumpre a Lei dolosamente. É preciso, pois, responsabilizá-lo de acordo com sua conduta, e o impeachment é a medida que se impõe.

Conteúdo editado por:Jocelaine Santos
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