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Presidente da Argentina, Javier Milei
Corte de gastos viabilizado por Milei imprime primeiros resultados positivos na economia do país.| Foto: EFE/EPA/Abir Sultan

Enquanto Lula defendia cobrar mais impostos em evento na segunda-feira (4,) durante o anúncio de um projeto de lei para regulamentar aplicativos de transportes, Milei fechava, na Argentina, a estatal de comunicação Télam e centros de suposta assistência social. Segundo o presidente brasileiro, o cidadão tem de pagar mais imposto para receber mais benefícios do governo. Já para o presidente argentino, a solução passa por cortar despesas do governo para sobrar mais dinheiro para o cidadão gastar como quiser.

Parece tão simples e, na verdade, é simples mesmo. Enquanto governos socialistas, perdulários e achacadores por natureza, engordam os cofres públicos com o dinheiro suado do povo para supostamente devolver em serviços, governos liberais se esforçam para arrumar a casa e devolver mais poder de escolha ao cidadão.

É fato que o caminho que os argentinos traçam no momento é muito mais alvissareiro do que o brasileiro.

Por qual razão o governo argentino precisava de uma TV estatal de notícias? Pura propaganda Kirchnerista, alegou Milei. E o que o Brasil faz, ainda, com a EBC? A promessa de campanha de Bolsonaro para privatizá-la acabou não se cumprindo e, agora, voltou às mãos dos criadores petistas.

E os tais 59 “centros de referência de serviço social do Ministério de Capital Humano”, para que serviam? Também, segundo Milei, eram apenas “caixas da política e refúgios” para trabalhadores pagos sem prestar serviços. Os gastos com mais de 50 veículos, 42 telefones celulares e 600 funcionários – muitos dos quais fantasmas – deixarão de existir, o que significa menos necessidade de impostos cobrados do cidadão para bancar uma máquina essencialmente política, não pública.

As atitudes de Milei estão gerando alvoroço e muita esperança para os argentinos e para o mundo: o risco país caiu 848 pontos desde a sua posse em dezembro e a bolsa subiu 12% no mesmo período. É obviamente cedo para prever cenários duradouros, inclusive porque a reação política e sindical já está sendo violenta, mas é fato que o caminho que os argentinos traçam no momento é muito mais alvissareiro do que o brasileiro.

Os petistas, por sua vez, investem no desperdício do dinheiro público e no gasto muito acima da receita. O déficit de mais de R$ 230 bilhões em 2023 e a recusa em tratar de qualquer corte de despesa demonstra a completa falta de compromisso com o dinheiro de quem paga imposto. Mais: além de quebrar o setor público, anuncia intervenção no setor privado. A regulamentação proposta para aplicativos de transporte, por exemplo, é mais um desastre: limita a possibilidade de trabalho do motorista, retira sua autonomia e ainda propõe criar mais um sindicato. Tem como dar certo?

Enquanto assistimos, com admiração e fervorosa torcida, as investidas de Milei contra os parasitas da máquina pública argentina, não podemos descuidar das intervenções populistas de esquerda propostas por Lula e pelo PT, no Brasil. Ao tramitar no Congresso, o projeto de regulamentação de aplicativos merece ser rejeitado por completo e a sanha por mais gastos e despesas que o socialismo petista tenta implementar precisa encontrar a mais forte resistência no Parlamento brasileiro.

Conteúdo editado por:Jocelaine Santos
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