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O dia 19 de fevereiro de 2017 entrou para a história do futebol paranaense. Foi a tarde em que Atlético e Coritiba, de mãos dadas, deixaram de disputar um clássico. Foi também a data em que Hélio Cury, presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), tentou ser maior do que o Atletiba, a maior instituição do esporte do estado.

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Há uma série de questões envolvidas. E é preciso tomar cuidado com conclusões precipitadas, correr para apontar vilões e mocinhos é perigoso. A FPF alegou que profissionais de imprensa não credenciados estavam no gramado para a transmissão via Youtube. E, por causa disso, o jogo não poderia começar – e terminou por não ocorrer quando os clubes não toparam retirá-los.

É um ponto menor. Apenas a parte mais visível, neste momento único, de uma guerra por poder que se desenrola há anos. Atlético e Coritiba fizeram oposição ao atual comando da FPF nas últimas eleições da entidade. Perderam, mas as batalhas continuaram sendo travadas e este Atletiba foi a mais sangrenta.

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Desta feita, os dois clubes saem fortalecidos. Selaram uma união ensaiada na saída da Primeira Liga, em um nível jamais visto, nem mesmo no futebol nacional. O fato é que Atlético e Coritiba estavam em campo, e cerca de 20 mil na arquibancada. Não fosse por falta de segurança e esse clássico jamais deveria ter sido abandonado.

Mas Hélio Cury não cedeu. Repetindo, não foi por causa da presença ou não de profissionais credenciados no campo de jogo. A verdade está nos bastidores. Novamente, está em curso uma luta por autoridade e, evidentemente, grana. A cadeira da presidência da FPF ainda tem peso no establishment da bola.

Quem sairá vencedor ao final do último combate? É difícil prever. Atlético e Coritiba são as duas maiores forças do futebol paranaense, é óbvio. Mas o esporte está amarrado pela política das federações e da CBF, um nó que uma minoria tenta desatar, sem sucesso. Será o rompimento fatal? De certo, que estamos vendo a história acontecer.

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