Adele ao vivo é ainda melhor do que no CD

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Entre um final de semana e outro do Rock in Rio Lisboa, aproveitei para assistir alguns shows fora do festival, e o principal sem dúvida foi da cantora inglesa Adele no MEO Arena, com sua turnê “Adele 25”. Antes de falar do show propriamente dito gostaria de comentar sobre a experiência de assistir um show na arena onde acontecem os principais concertos que passam por Lisboa.

Fiquei muito impressionado com a facilidade de acesso e conforto. A MEO Arena com capacidade para 20.000 pessoas fica no local onde aconteceu a Expo Mundial 98 (Parque da Nações), junto ao Shopping Vasco da Gama e com acesso pela bela estação Oriente (linha vermelha do metrô) com sua arquitetura inusitada, obra do cultuado arquiteto catalão Santiago Calatrava. Internamente a arena também é rica em detalhes que colaboram para o conforto do público como várias lanchonetes e uma comunicação visual que facilita a localização de seu assento.

Quando as pessoas pensam em assistir shows fora do Brasil, geralmente têm como primeiras opções

Londres, Miami ou Nova York, após essa minha estada em Lisboa, mudei drasticamente meu pensamento, a partir de agora devido as facilidades e ao custo muito mais baixo (sem contar que acho que nunca comi tão bem) , não troco Lisboa por nenhuma das anteriores.

Voltando para o assunto que dá nome ao post: Adele apresentou um show que eu chamaria de perfeito. Sim, perfeito por que ela entrega ao público tudo o que ele espera da cantora. Ela recebe seus fãs com a receptividade de quem  está recebendo amigos em sua casa, com uma naturalidade e espontaneidade tocante, tudo com muita alegria e suas gargalhadas sonoras (lembram da Hebe e seu sofá? Quase isso). Adele faz um show em uma arena gigante se transformar em um show intimista e isso é um privilégio de poucos. Até a velha tática utilizada por artistas para conquistar a plateia, de chamar fãs ao palco, com ela parece suave e realmente espontâneo, sem combinações anteriores. Junte tudo isso a um repertório que a plateia canta junto (cantou todos os seus sucessos) e uma cenografia simples mas muito eficiente, sempre com extremo bom gosto.

O ponto alto é quando na música “Set Fire to the Rain”, Adele está em um pequeno palco exatamente no meio de público e literalmente começa a chover ao seu redor causando um efeito muito bonito, emocionando seus fãs. (esse e outros vídeos do show podem ser assistidos na minha página do Facebook: César Brecailo ou no Instagram: Cesarlcfb)

Em 2008 eu estava escutando rádio no carro e ouvi uma música que me chamou muito atenção, parei para anotar o nome e com a pronúncia (correta) do locutor, a primeira vista para mim me pareceu chamar “Adel”. Ou seja uma banda chamada “Adel” que tinha uma mulher no vocal. O resultado da minha pesquisa foi a música “Chasing Pavements” e não com uma banda e sim uma cantora estreante chamada Adele (pronúncia correta “Adel”) e que fiquei alguns anos sem ouvir falar algo sobre ela, até seu estouro mundial com o disco 21 lançado em 2011.

Mais de uma vez durante essa turnê, Adele comentou com fãs brasileiros que estavam na plateia de seus shows a intenção de vir apresentar seu show no Brasil. Apesar de por enquanto não ter nada confirmado eu tenho algumas suspeitas de que isso deva ocorrer ainda esse ano. Estamos na torcida.