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Com que roupa você vai?
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Na semana passada uma polêmica infinita tomou as páginas dos jornais paulistas, blogs e ainda rende uma reflexão proposital aqui: a reação das pessoas diante de uma roupa usada por uma estudante universitária da Uniban, em São Bernardo do Campo, na capital paulista. Um vestido curtíssimo e bem coladinho ao corpo da jovem levou universitários ao delírio e à fúria coletiva. Virou caso de polícia- e mesmo quem não é especialista em moda conservará certamente uma opinião sobre a infeliz situação.

O assunto, prezado leitor, envolve vários interesses: o educacional, o da moda e suas tendências, o da reação pública, o da censura e da ordem no pedaço.

A primeira reação – Não tenho dúvidas de que os nossos olhos costumeiramente ficam seduzidos pelo belo, sujeito às diversas variações do gosto, mas há consenso no que é bonito e não agride, não viola acordos e uma postura educadamente ajustada às circunstâncias.

Para mim há sempre uma palavra infalível: adequação; não creio que qualquer estudante tenha necessidade de mostrar seus dotes físicos no cursinho ou na universidade. Há lugar apropriado aos que são fãs de uma roupinha piriguete (apertadíssima, com decotes avantajados, fendas exageradas, transparências, etc), concorda comigo? Aquela conhecida declaração de que ” o belo é para ser mostrado” esbarra nas conveniências e ajustes impostos pelo bom senso, convenhamos.

Doralice   Araújo
Ajuste ao clima, circunstâncias e praticidade: um trio infalível na hora de escolher a roupa

Vestir o quê? – Os dias mais quentes convidam ao uso das bermudas, saias e vestidos bem fresquinhos, feitos de algodão, que ficam apropriados ao calorão dos últimos dias, enquanto os caracterizados pela baixa temperatura exigem muita roupa sobre o corpo, embora não descartem um visual articulado, confortável e ajustado. Creio que há consenso entre os jovens sobre a roupa sugerida para frequentar o cursinho ou faculdade, esta com certeza bem distanciada das passarelas ou das baladas.

Os ditames do bom senso ou da indiferença ao que usar – Uma caminhada nas imediações dos cursinhos ou um giro pelos lugares frequentados por vestibulandos e jovens universitários evidenciará um contraste com essa modinha piriguete (leia vestida para incendiar olhares masculinos). À equipe do caderno Viver Bem ou do Vestibular fica uma sugestão: mostrar como os estudantes saem vestidos de casa para entrar no cursinho ou na universidade.

Não está nem aí? – A maioria das pessoas declara indiferença com a escolha pessoal de quem quer que esteja a fim de matar pela roupictha, mas não consegue disfarçar o incômodo com as provocações que roupas ousadas desencadeiam, sobretudo nos rapazes e idosos babões. Decotes segura leão, comprimento mamãe do céu e apertos ui, ui não são, cá entre nós, ajustados ao ambiente de estudo, concorda comigo? Ninguém tem o direito de hostilizar quem ousa colocar um modelito assim, mas a direção da escola/universidade tem o direito e o dever de puxar uma conversa e sugerir uma roupinha ajustada ao ambiente.

Quer treinar a redação sobre o tema?

Doralice   Araújo
No frio ou no calor saber ajustar o vestuário é um aprendizado

Proposta 1– Diante das variações climáticas o ser humano precisa ajustar o vestuário; recomende, a partir da experiência pessoal, tipos de roupas e tecidos adequados, por exemplo, às surpresas de um dia quente na capital paranaense. Aponte sugestões e justificativas – e, assim, descontraidamente, exercite a defesa de um ponto de vista.

Proposta 2 – Você já viveu um dia de sufoco em razão de uma roupa mal escolhida? Descreva detalhes dessa situação e elabore uma narrativa, entrecortada por diálogos diretos e indiretos – e, deste modo, treine esse modelo de composição.

Proposta 3 – Uniformes escolares traçam um caminho temático abundante. Qual era a sua reação diante da obrigatoriedade do uso do uniforme escolar? Se tivesse ao seu alcance abolir a recomendação faria o quê? Argumente; aproveite para justificar os desejos da sua época estudantil.

Até a próxima!

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