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Golaços , frangos  e boas práticas da educação nacional
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Os dados oficiais do desempenho estudantil juvenil causam certamente uma surpresa inquietante, sobretudo quando aparecem em forma de ranking nacional. Ver o nome no topo de uma lista ou ser uma lanterninha sacode a inércia, expõe o desamparo administrativo institucional e estufa o peito de quem faz ou não a diferença no quesito qualidade educacional.

Daniel Castellano/Gazeta do Povo
“Quando a criança fica em casa por falta de professores ninguém fala nada.” Sônia Aparecida dos Santos, mãe de duas crianças que estudavam na Escola Municipal Maria Leni Haluch de Bastos

A reportagem Enem expõe abismo na educação , de Tatiana Duarte e Viviane Favretto( GP, Vida e Cidadania, 29 de abril) esclarece pontos, alerta e alimenta egos institucionais escolares estaduais, mas antes de tudo expõe aos interessados um mapeamento da situação apresentada pelas escolas em geral.

Ir à escola para quê? – O que pensa, por exemplo, um jovem estudante do Colégio Paula Gomes, aqui de Curitiba? Fez o que podia para marcar o território de aprendizagem; o que dizem seus professores e a direção? Quais os maiores problemas enfrentados? O resultado exige imediatas atitudes metodológicas e institucionais. Já acompanhei alunos matriculados e também egressos do Colégio Militar de Curitiba, candidatos aos vestibulares públicos – e não há qualquer duvida de que são estudantes disciplinados e com objetivos afinados no melhor desempenho em direção à vitória na vida. Orientar crianças e jovens aos objetivos do tempo vivido no interior da escola é imprescindível.

Itens de sucesso escolar– Gosto de comparar crianças e jovens às plantas, frutos e flores de um jardim ou pomar; exigem cuidados, atenção permanente, adubos de boa qualidade e dedicação objetiva – e ao primeiro sinal de abatimento é preciso cuidados exclusivos. Ervas daninhas, tais como falta de hábito de estudos, descomprometimento dos professores, indiferença da família às atividades da escola, indisciplina, desordem no provimento das necessidades materiais da escola, entre outros itens, devem ser eliminadas e as necessidades atendidas. Ao jardineiro dedicado as flores e os frutos viçosos são recompensas pelas horas de incessante dedicação.

Clareza nos objetivos – Para mim, especialista na área há muitas décadas, é importante que o estudante, desde o primeiro dia de aula, disponha de:

>Entendimento dos objetivos dos estudos e do tempo escolar.

>Usufrua de um espaço físico e organizacional receptivo ao aprendizado multidisciplinar.

>Conte com professores bem formados e também bem remunerados.

> Certezas da atenção permanente da sua família.

Esses itens articulam certamente os elementos à somatória do sucesso escolar; não são apenas voltados aos escores institucionais, mas também ao aprendizado em geral necessário ao enfrentamento do cotidiano das crianças e jovens estudantes – e por que as autoridades não entendem que a organização escolar arregimenta ao sucesso em todos os sentidos? Certamente porque a educação pública não é uma prioridade de fato, mas sim um item panfletário da gestão política municipal e estadual. Estarei equivocada? Não creio.

Organização educacional – Técnicos educacionais apartidários que compreendem as organizações sabem identificar os entraves e os elementos de sucesso; por que não ouvi-los? Depois de um resultado nacional por que não rever as estratégias utilizadas pelas escolas particulares ou públicas que imprimem sucesso às ações empreendidas? O estudante não pode ser o único sujeito desse processo que estampa um fracasso, mas sim um agente de uma amostragem institucional que dá certo, porque todos, desde o porteiro à bibliotecária estão afinados com a rotina e necessidades escolares.

Os bons resultados no ensino médio derivam da base escolar, o que é consenso, não é mesmo, prezado leitor? Entretanto, o ensino fundamental ainda não mereceu o destaque necessário das administrações públicas, portanto, as soluções aos problemas têm nos primeiros anos de escola a direção certeira, o golaço educacional que explodirá de alegria este Brasil afora. A foto ilustrativa e a sua legenda evidenciam uma situação desfavorável ao sucesso escolar; é preciso agir enquanto há tempo, senão…

Quer refletir por escrito mais um pouco?

Proposta 1 – Quais as lembranças mais gratas do seu tempo escolar? Há alguma que mereça destaque? Onde estudou? Quais as atividades inesquecíveis? Daria uma nota de 0 a 100 à escola onde concluiu os seus estudos de nível médio? Elabore um comentário descritivo sobre as questões acima.

Proposta 2- O que faz um aluno gostar da escola e das atividades propostas no ambiente escolar? Argumente; limite-se aos 500 caracteres disponíveis na caixinha de comentários.

Até a próxima!

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