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Não sou especialista em fotografia, no entanto sei apreciar direitinho quando uma lente é comandada por um excelente fotógrafo. A foto parece dizer mais do que o texto e quase nem requer legendas, exceto para créditos ao fotógrafo. Dia desses encontrei a Priscila Forone, do time de fotógrafos da Gazeta do Povo,em pleno exercício profissional, na Cinemateca – e não me contive, fui lá , na horinha, puxar conversa e expressar minha admiração pela técnica empregada; do outro lado dessa interlocução uma simplicidade e modéstia cativantes, expressão dos que sabem do exato valor do trabalho desenvolvido.Saber capturar o tempo e as imagens e segurá-los indeterminadamente parece harmonizar recursos tecnológicos aos do olhar atento, extremamente decifrador de ângulos e luzes – e tudo isso é feito para o leitor apreciar e bater palmas pelo trabalho desenvolvido.

Diariamente , quando examina uma edição de jornal , o leitor conjuga uma primorosa articulação entre texto e imagens, no entanto nem sempre costuma identificar a autoria desse concertado trabalho realizado pelo fotojornalismo.Eu, ao contrário de muitos professores,seleciono textos jornalísticos – e neles incluo as fotografias para arregimentar maiores injunções ao meu trabalho com a leitura e a escrita .Costumo recortar de tudo: infográficos, resumos, textos literários, excertos diversos e as poderosas fotografias. Este rico material tem aproximado meus jovens leitores da excelência interpretativa e da expressão gabaritada das idéias que articulam com o que lêem e observam nas fotografias.

Gosto bastante daquela seção de fotos, quase diária, que aparece à página 2 da Gazeta do Povo. Você nem sabe o que perde caso não dê importância a esse trabalho.É muito interessante. Eu recorto todas as imagens e organizo coletâneas com esse material, ali disponível e com a análise interpretativa que fazemos através da observação atenta é possível desenvolver narrativas e olhares críticos sobre o tema das fotos calculadamente editadas por quem entende do riscado.

Na mira do leitor

Se você é assinante da Gazeta do Povo preste atenção ao trabalho do Albari Rosa, do Daniel Castellano, da Aniele Nascimento entre outros excelentes fotógrafos.


Foto de Albari Rosa feita para a reportagem “Devorados pela miséria”, que ganhou o Prêmio Esso Regional em 2006. Criança tem os dedos deformados por bichos-de-pé

Esse time é responsável pelo dinamismo das reportagens que você lê e pela maioria das que aparecem na versão on line do jornal. Sem a fotografia muitas informações seriam literalmente desprezadas. Imagens bem capturadas eternizam o instante e premiam duplamente os seus interlocutores: o primeiro prêmio pela técnica empregada e o segundo pela observação justa, aprimorada do leitor, juiz todo poderoso de qualquer trabalho em edição impressa ou virtual.

Algumas fotos saltam de uma aparente posição secundária para o topo da visão do leitor. Elas guardam não apenas um entretenimento visual, mas sim uma descrição, uma narrativa reveladora de sentidos. Fazem uma costura extremamente bem feita em metalinguagens multiplicadas.Sem as fotos muitos jornais e revistas ficariam retidos nas bancas.Sem essas imagens que traduzem histórias a leitura exigiria mais imaginação e menos dinamismo. Nem a tevê com as suas imagens animadas parece superar o fotojornalismo. Sou fã ardorosa desses instantes preciosos colhidos em sujeição involuntária e eternizados pelo jogo de lente obediente, olhar e técnica fotográfica imbatíveis.

Sugestões:

1– Confira o blog da Ana Clara.

2-Dê uma olhada nas fotos que o Aluísio de Paula consegue fazer com a cãmera do celular; são registros de uma Curitiba, muitas vezes ignorada, mas realisticamente presente.

Outra foto interessante que merece aplausos


5,2% dos vestibulandos faltaram às provas
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