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Mais de 43 mil vestibulandos entram em campo
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É domingo, mas a manhã “ensolarada” avançou pela janela do meu quarto e logo depois das seis da manhã acordei. Com o passar da idade vamos despertando cada vez mais cedo, aproveitando todas as oportunidades abençoadas da vida – e já de pé, com a minha caneca de café com leite na mão, fiquei pensando sobre o que estaria fazendo o time dos inscritos no mais concorrido vestibular paranaense. Será que estariam dormindo? Revisando algum ponto? Ainda deitados, mas com o pensamento centrado nesse primeiro tempo do jogo, logo mais depois do almoço? Despreocupadamente acordados tomando um café com a família ou com os colegas de república? Ansiosos e temerosos, apesar do preparo? Impotentes diante da certeza das limitações conceituais e do treino articulado com as questões que embaralham conceitos e problemas em calculada pressão, própria das competições acirradas? Arrisque uma resposta, prezado leitor.

Nos braços de Morfeu – Preferi pensar que estivessem dormindo, sob o cuidado afetuoso dos parentes, mas depois atinei ao fato de que nem todos têm a sorte de contar com a proximidade dos pais, enquanto descansam para mais tarde entrar no campo concorrido da primeira fase desse vestibular, porém a vida nos ensina a vencer desafios, concorda comigo, leitor?

A realidade – Muitos candidatos às vagas na universidades públicas já foram aprovados nos vestibulares das instituições privadas e carregam a emoção em equilíbrio, assegurados certamente pela alternativa da bolsa oferecida pelo Prouni ou pela manutenção da família, porém a maioria aposta todas as fichas na alternativa pública – e a estes dedico intensamente a minha atenção afetuosa. Identifico-me com eles, porque eu também um dia estive assim: cheia de desejos de conseguir garantir uma vaga na universidade federal, porta aberta que a mim chegou como resultado justo, coerente, afinal, eu estudei a vida inteira na escola do governo e não conseguiria admitir que assim não acontecesse.

A contradição – Não é, entretanto, assim que acontece agora. A maioria que aposta no vestibular público entra em campo sem as chuteiras bem calçadas e está vestido inadequadamente, porque todas as pressões do momento poderão aparecer durante a decisiva prova. Alguns tremerão de frio diante do caderno com as 80 questões e não poderão fazer quase nada exceto brincar com o famoso joguinho do ana-bu-bu-quem-sai-es-tu ou antever o ano seguinte treinando e buscando um preparo mais poderoso, enquanto outros já desistirão nesse primeiro confronto.

Arquivo cel.                         Doralice  Araújo
Mais de 43 mil candidatos enfrentam hoje a primeira fase do vestibular da UFPR

O cenário colorido, juvenil e cheio de esperanças – A primeira fase do vestibular da UFPR certamente mexerá com Curitiba e com o Paraná inteirinho, porque as ruas e a entrada das instituições que sediarão a prova de Conhecimentos Gerais ficarão coloridas pelos jovens, seu entusiasmo e esperança, igualmente contagiantes.

Sugestões:

> Incentivos verbais – Uma expressão assertiva ou um abraço afetuoso ajudarão a instaurar tranquilidade emocional a qualquer candidato; sem cobranças desmedidas.

> Carona amiga – Ao passar pelos pontos de ônibus ou na confluência das ruas viabilize a carona amiga; muita gente pode ajudar com esse mínimo colaborativo.

>Conferir se o candidato dispõe de caneta e documentação na mão– o esquecimento e a falta de organização são comuns entre os jovens; expresse a paciência, ajude e hoje não complique nada para eles.

O trio do Caderno Vestibular estará certamente de plantão com os seus informes jornalísticos, mas planejo fazer o meu giro anual, logo depois do almoço, por alguns locais de prova. O objetivo? Trazer para o Na Mira do Leitor algumas imagens e depoimentos antes e depois da primeira fase; aguarde.

Até qualquer hora!

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