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Nikolas Ferreira

Nikolas Ferreira

Militância

A esquerda universitária que não sabe escrever

Manifestantes protestaram contra o evento da APAS na Univali, em Itajaí. (Foto: Douglas Lopes)

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No último sábado, 23, estive em Itajaí-SC, onde fui um dos palestrantes em um evento na Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI). Minha participação gerou manifestações de um pequeno grupo de esquerda, o que me faz ter cada vez mais certeza sobre a necessidade de seguir ocupando espaços, com foco em um dos pontos mais importantes: a guerra cultural.

Muito além de qualquer militância ou cargo político, sempre defendi e promovi grupos de estudos em locais públicos desde 2016, quando ainda era estudante em Belo Horizonte. Já mencionei em um de meus textos que um dos locais que escolhi foi o Centro de Referência da Juventude, um espaço dominado pela esquerda na capital mineira, ou seja, um bom ponto de partida para fomentarmos o contraditório.

Olavo de Carvalho dizia que não basta almejar conquistar novos locais sem que haja uma mudança na cultura, o que, obviamente, não é algo simples nem possível de ser feito por apenas uma pessoa. Ainda assim, tomei a decisão de ser mais um nesta missão.

Em Itajaí, os militantes progressistas tentaram me intimidar e atrapalhar a continuidade dos trabalhos, mas fizeram exatamente o contrário. Além de me motivarem ainda mais, impulsionaram a procura por ingressos e contribuíram para que a UNIVALI estivesse cheia de pessoas decididas a pensar por si mesmas e não a reproduzir pensamentos de doutrinadores.

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Se já estava bom antes, depois melhorou. Não satisfeitos com o fiasco inicial, o pequeno grupo proporcionou um momento cômico. Durante minha participação, organizaram um mini protesto para me atacar, mas esqueceram da revisão ortográfica, já que em um dos seus cartazes estava escrito “univesidade”. Ignorar o básico da língua portuguesa terminou em chacota.

Quem diz defender a democracia, mas não aceita o debate de ideias e a liberdade de expressão, nem mesmo em um ambiente acadêmico, está sendo nada mais que hipócrita.

Querer impedir tais eventos é prova de que, na verdade, o que desejam é censurar tudo aquilo com que não concordam. Se incomodamos tiranos, assim continuaremos. Diferentemente deles, não sou fascista, mas uma coisa é fato: não recuarei.

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