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Eu deveria ter uns 5 anos quando descobri que o Papai Noel que me visitava, na verdade, era só o “ajudante dele”. E a descoberta foi um tanto traumática. Estava na casa de uns tios, quando o bom velhinho chegou. Para mim, porém, ele mais parecia uma bruxa velha. Usava uma daquelas máscaras de plástico, horrendas. Corri para debaixo de uma cadeira e não teve Cristo que me convencesse a chegar pertinho dele para pegar meu presente, ou, pior, dar-lhe um abraço. Para piorar a situação, a máscara de plástico caiu e vi que o Ajudante-de-Papai-Noel-Bruxa-Velha era na verdade, ninguém menos do que…, meu pai.

A confusão persistiu porque o dito cujo ainda errou meu presente. Com muito custo, cheguei um pouquinho mais perto do Bom (horrendo) Velhinho e sai correndo para um quarto abrir a caixa grande que ele me entregou. Já tinha acabado com quase todo o embrulho – o suficiente para ver que se tratava de uma boneca, não muito bonita, mas que tinha meu nome –, quando minha mãe entrou correndo no quarto e falou que aquele não era meu presente e sim o dela. Ganhei outra caixa igualmente grande. Nela estava a mais maravilhosa das bonecas (lembro de ter pensado na época): uma Mãezinha, boneca da Estrela que vinha com um bebê nos braços, que era embalado ao som de uma cantiga de dormir. Foi traumático descobrir que meu Papai Noel era do Paraguai, mas o presente valeu o susto.

Alguns (muitos) anos passados, não sei onde foi parar minha Mãezinha. Hoje é o meu filho Pedro, de 7 anos, quem se diverte com a descoberta de que o seu Papai Noel, é, ainda hoje, o meu pai e que ele é só o ajudante do Bom Velhinho. Logo, logo, ele deve fazer novas descobertas sobre o assunto. Mas minha filha Marina, que está na fábrica, por assim dizer, vai começar, novamente, essa história. E, pretendo, com direito à Mãezinha e tudo mais.

Essa é a minha história de Natal. Queremos conhecer a sua. Escreva para contar como foi o seu Natal mais marcante, feliz, engraçado, traumático…

Serviço:
Envie sua carta para o e-mail vidaecidadania@gazetadopovo.com.br até o dia 13 de dezembro. As melhores histórias serão publicadas na Gazeta do Povo, no período de 20 a 24 de dezembro.

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