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O solitário
| Foto:
Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Comportamento preocupa pais e mães

A timidez e a preferência pelo brincar sozinho devem ser vistas como problema? O questionamento é feito por mães de filhos com dificuldades de relacionamento na escola e fora dela. A mãe de João, por exemplo, conta que, no ano passado, quando ele entrou no novo colégio, encontrou grande dificuldade de integração.

A situação era tamanha que, durante vários meses, ele passava o recreio andando sozinho ou na companhia das tias que cuidavam do pátio. Demorou quase metade do ano letivo para fazer amigos, mas antes das férias de julho já sabia elencar uma pequena relação de amigos. Este ano tudo parecia mais fácil. O problema foi que justamente os dois colegas mais próximos mudaram de escola.

Para completar, seguindo regras da escola, houve divisão da turma e ele ficou novamente sem amigos. E pior, as férias de julho chegaram e ele ainda continua sem amigos. “Não sei se ele está sofrendo, pois ele não reclama – acha natural, só às vezes manifesta um incômodo com a situação. Sempre que pode, ele vai às festinhas de aniversário dos coleguinhas, conta que se divertiu muito, mas, na maioria das vezes, sozinho. O que posso fazer para ajudá-lo? Será que isso é problema só para mim? Que posição devo cobrar da escola?

A mãe de Rubens também vive uma situação semelhante. Aos 16 anos, ele quase não sai de casa e só vive em frente do computador (quando não está dormindo). Antes jogava bola com os amigos na rua, mas agora vive sozinho. Ele diz que os colegas da escola (particular e paga com grande dificuldade) não gostam dele, porque ele é pobre e negro. Ela também não sabe como ajudá-lo.

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