Quando você compra na Amazon você aprova um ambiente de trabalho absurdo?

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Jeff Bezos, fundador da Amazon e dono de jornal concorrente, disse que é tudo mentira (photo credit: Jeff Bezos via photopin (license))

O New York Times publicou uma matéria, baseada em entrevista de cerca de uma centena de empregados e ex-empregados da gigante do varejo online Amazon, que mostra o ambiente absurdo e insalubre criado pela Amazon para seus trabalhadores.

Leia aqui o original: Inside Amazon: Wrestling Big Ideas in a Bruising Workplace

Eis algumas das coisas relatadas pela matéria:

– Trabalhadores são encorajados a destruir a ideia uns dos outros nas reuniões

– São encorajados a trabalharem até tarde quando já estão em casa

– Emails são mandados depois da meia noite, seguidos de mensagens perguntando por que ainda não foram respondidos

– Câncer, aborto, crises pessoais são motivo para mandar trabalhadores embora, sem que eles tenham tempo ou chance de se recuperar

– O diretório interno de telefones instrui colegas sobre como enviar feedback secretos aos chefes dos outros. Empregados dizem que é comum que uns sabotem os outros. O diretório oferece textos de exemplo como: “Eu me preocupo com a inflexibilidade dele e a forma aberta como reclama de tarefas menores”

– A empresa chama isso de “darwinismo propositado”

– Mesmo empregados de menor escalão assinam contratos com cláusulas de confidencialidade

O artigo é longo e traz diversos depoimentos das pessoas que trabalham e trabalharam ali.

Do ponto de vista empresarial, fica a dúvida: se este é o preço para crescer, será que vale mesmo a pena crescer?

Do ponto de vista do consumidor: se você compra na Amazon, independentemente do preço, está assinando embaixo desse tipo de comportamento empresarial.

O mais engraçado é que vai ter gente aplaudindo, que isto sim é capitalismo.

A resposta de Jeff Bezos

Jeff Bezos, fundador da Amazon e dono do jornal Washington Post, respondeu:

“O texto não descreve a Amazon que eu conheço ou os ‘Amazonenses’ com quem trabalho todos os dias”, disse Bezos, em nota.

“Eu não acho que nenhuma empresa que adotasse as práticas retratadas na reportagem sobreviveria e muito menos teria sucesso neste mundo de tecnologia altamente competitivo”, escreveu o executivo.

Bezos encorajou, ainda, que os funcionários informem a seus superiores — ou até a ele próprio — sobre qualquer mau comportamento ou incidente. 

(fonte)

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