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Público vai interferir na memória do personagem
| Foto:
Bruno Tetto/Divulgação
Homem Piano é a estreia da CiaSenhas para abril.

Levando adiante aquela ideia de antecipar o que veremos nos palcos curitibanos este ano (ao menos enquanto eu continuo afastada da cidade em função do Caderno Verão), vou falar um pouco da CiaSenhas.

O último trabalho que a diretora Sueli Araújo e a produtora Marcia Moraes estrearam foi Delicadas Embalagens, em 2008, no Novelas Curitibanas. Repetiram a peça no Festival de Curitiba do ano passado, ficando em terceiro lugar no ranking que os jornalistas fizeram do Fringe a pedido da assessoria do FC. E reapresentaram Bicho Corre Hoje, do repertório.

Em 2010, o grupo dá as caras a partir de abril. O projeto se chama Homem Piano e vem sendo gestado desde 2008, dentro da pesquisa de Narrativas Urbanas do grupo. Vendo a foto, lembro que vi o ator Luiz Bertazzo traçando esse círculo de palavras em giz no 1° Movimento de Teatro de Grupo de Curitiba, ainda em 2008, no então ACT. (Aproveito e pergunto: o que aconteceu que a 2ª Mostra não saiu ainda?). A proposta veio do Bertazzo, enquanto a Sueli Araújo assina texto e direção.

Márcia define a montagem como “uma instalação para a memória”. Ela conta: “A ideia é buscar novos espaços de relação com a plateia, que irá participar na construção das memórias do personagem.”

O projeto ganhou o Prêmio de Teatro Myriam Muniz. Vai ser apresentado no próprio Espaço CiaSenhas de Teatro, ali na Rua São Francisco – um dos poucos prédios ocupados naquela quadra que faz esquina com a Riachuelo. Cada apresentação vai comportar apenas 20 pessoas.

Ainda este ano, a CiaSenhas tem a intenção de buscar outra peça em seu repertório, Não me Deixe Mentir, de 2005. Com novo olhar sobre ela.

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Mudo de assunto para um lembrete rápido mas muito importante: A Questão de Crítica voltou à ativa e a primeira edição já está no ar, com textos como Uma visita atemporal ao repertório da Companhia Dos à Deux, em que o Valmir Santos, dos jornalistas de teatro que mais admiro, escreve sobre as peças da companhia franco-brasileira. Todas elas já vistas mais de uma vez em Curitiba: Saudade em Terras d’Água, Aux Pieds de la Lettre, e a que batizou a dupla radicada na França, um Beckett contido em gestos.

Outro colega que sem a menor dúvida merece leitura é o Daniel Schenker, que escreve na revista eletrônica sobre Aqueles Dois. Vejam lá.

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