Saudações!
As inovações tecnológicas vêm revolucionando tudo quanto é possível e imaginável! E tais inovações perpassam as questões de internet, mas não como estamos acostumados a vê-la. Estamos vivendo um momento de expansão/transição, onde a internet deixa de ser uma rede de pessoas para se tornar a internet das coisas (Machine to Machine – M2M).
A internet das coisas é a conexão e comunicação entre objetos. Entenda objetos como: celulares, carros, eletrodomésticos, chips e até roupas. Com a M2M é possível receber uma mensagem de texto da sua geladeira, no painel do seu carro, informando os itens que você deve comprar no mercado.
E essa geladeira e este carro não são dos Jetsons, a família futurística dos desenhos animados da Hanna Barbera!
Uma grande empresa de tecnologia, lançou o protótipo de um carro que anda sozinho e sem volante. Tudo controlado por computador. A “invenção” almeja ser uma resposta às questões de segurança, à sustentabilidade e ao caos urbano promovido pelo trânsito.
O projeto Loon da mesma empresa, pretende levar a internet às áreas desconectadas por meio de balões wi-fi movidos à energia solar, beneficiando 4 bilhões* de habitantes da Terra que ainda não estão conectados à rede.
A geladeira inteligente faz compras, mostra receitas e envia mensagens. Por meio de uma pequena tela sensível ao toque, é possível acessar um sistema de supermercado online, rádios na web e até mesmo o Twitter.
Já é possível monitar as atividades físicas por meio da tecnologia vestível, para tanto, basta adquirir a camiseta que monitora a movimentação, os batimentos cardíacos e a respiração de quem a veste.
É fácil citar exemplos por linhas e linhas: escovas de dente, relógios, anéis, lente de contato para diabéticos, fraldas, mas o fato relevante e que merece atenção, é que a tecnologia está assumindo um espaço muito grande na vida humana. Logo teremos rôbos ou SOs (sistemas operacionais) como companheiros diários como os mostrados no filme Inteligência Artificial e Her.
E surge a dúvida: até que ponto as crianças e jovens vem sendo estimulados a “executarem” seus “sistemas operacionais inatos” H2H (Human to Human)?
O que tem se percebido são pares de mãos tocando… telas. Pares de olhos descobrindo o mundo… pelas telas. O “amor” acontecendo… pelas telas. A descoberta do outro… pelas telas.
Há tanto para se viver! É necessário viver e perceber que enquanto H2H é importante, encantadora, plena, quente, eterna e real, M2M é secundária, sedutora, oca, fria, efêmera e ilusória!
Como formadores de vidas humanas, é importante fomentar o debate dessa questão junto aos nossos familiares. Provocá-los à reflexão acerca dessa realidade e despertar o desejo incontido de ser humano e de viver experiências humanas como: a troca, a partilha, o afago, o afeto, o beijo, o abraço, a gargalhada, os pés no chão, o tombo na lama, o mergulho no mar, o banho de chuva, o olho-no-olho, na melhor “performance” do nosso sistema operacional: H2H.
Discuta estas questões com seus filhos e familiares! O filme “Último Discurso” de Chaplin, que é extremamente contemporâneo e profundo, pode ser acessado por meio do link www.youtube.com/watch?v=wz1RnTzTIfA é uma boa oportunidade para um bate-papo com os jovens!
Do mesmo modo, o desenho animado Wall-E faz uma leitura interessante dessa sociedade superconectada à máquinas e desconectada do seu potencial humano e pode ser uma forma de conversa com a turminha “kids”.
Um abraço caloroso, da defensora eterna do H2H!
*O número de internautas no mundo é de 3,2 bilhões no mundo, segundo dados da União Internacional das Telecomunicações, órgão vinculado à Organização das Nações Unidas. Dados de maio de 2016.
Por Dani Lourenço
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