Chef Regis Shighematsu comanda japonês top a ser inaugurado até dezembro

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Nessas incursões pelas mesas gastronômicas quase sempre de cada dia – e escrevendo sobre isso há mais de 20 anos -, aprendi a admirar muitos profissionais, aqueles que sabem se diferenciar da média, por talento, criatividade, organização e profissionalismo.

E, nesse perfil, quem se encaixa perfeitamente é Regis Hideki Shighematsu, que Curitiba recebeu a partir da concepção do restaurante Aizu (2015), fazendo a nova casa brilhar, e que por aqui permaneceu, para estruturar e construir todo o sucesso do Con. Cozinha Autoral, ali no Batel.

Pois Regis Shighematsu não foi embora, mesmo com a decisão dos proprietários de não dar continuidade ao Con (que havia saído de Curitiba e vinha funcionando em Balneário Camboriú). Ele estará à frente de um novo restaurante japonês top de linha, que deverá – dependendo das obras, que estão em ritmo apurado – ser inaugurado até o mês de dezembro,

A iniciativa é do empresário Junior Marcondes, um dos sócios do restaurante Maria Eugênia e também à frente de mais cinco empreendimentos em outras áreas. Ele e a esposa, a publicitária Lyana Lustosa - estarão à frente dessa nova casa, em imóvel que está localizado na Avenida Sete de Setembro, Seminário, um pouco além dos limites do Batel.

Marcondes revelou a novidade na entrevista que deu nesta sexta (29), na Rádio CBN – a Felipe Harmata e a mim (confira aqui) -, confirmando o contrato já firmado com o sushiman e informando o local aproximado de onde funcionará o restaurante.

É para ser coisa de cinema, dependendo dos planos do casal. O imóvel é lindo e entregar a cozinha a um personagem tão importante quanto Shighematsu já é garantia de qualidade em qualquer lugar.

Regis em Curitiba

Quando trocou São Paulo por Curitiba, Regis Hideki Shighematsu veio disposto a apresentar aqui a mesma qualidade da gastronomia que proporcionava em São Paulo, a meca da comida japonesa no Brasil.

Afinal de contas, tinha sido sócio e chef do restaurante Nakka, na capital paulista (Itaim Bibi), que, na ocasião (2013) competia de frente com outras referências, como Nagayama, Geiko-San e Kinoshita. Regis, aliás, tinha tido passagem pelo antigo Kinoshita, da Liberdade, e do sushi-bar do Empório Santa Maria, onde começou, descendo pratos.

Veio a proposta da mudança para Curitiba e ele aceitou comandar a equipe que se formava, então, para inaugurar o Aizu, sonho do médico Edison Azuma, compondo com o sushiman Billy Tatsushi (ex-Kinoshita e Nagayama) e Marcos Furtado, que, por aqui, se destacava nos balcões do Tako e do Kan (escrevi sobre a inauguração, na época) e até hoje fulgura no balcão do Aizu.

Ficou por lá até 2018, quando foi convidado para coordenar toda a estrutura gastronômica de uma nova proposta de alimentação que surgia na cidade, o Empório Bee.O, focado basicamente nos ingredientes e insumos orgânicos e naturais.

Feito isso, lançado com sucesso, o criativo chef percebeu que ainda seria possível mais. O andar de cima do imóvel (onde, décadas atrás, funcionava o Supermercado das Bandeiras), que se prestava basicamente à cozinha e à linha de produção, também poderia ter um melhor aproveitamento. E por que não um restaurante japonês? – foi o que Regis Shighematsu sugeriu, na ocasião, à empresária Clemilda Thomé, proprietária do empreendimento.

Proposta aceita na hora e começou a nascer o Con., nome que surgiu de uma conversa em conjunto, criando assim um conceito, no qual a culinária japonesa, a culinária contemporânea, alguns ingredientes orgânicos e toda a atmosfera desse ambiente gastronômico faziam parte do Conceito de todos aqueles envolvidos.  E chegou, então, para disputar de frente com os melhores de Curitiba. Afinal de contas, o chef e sushiman do empreendimento tinha sido o aríete da grande transformação de linha dos restaurantes especializados na cidade e, consequentemente, tinha todo o caminho aberto para o sucesso. E que, realmente, foi consolidado.

Pois agora ele estará de volta. Com mais inspiração, base ainda mais assentada e, certamente, muita gana para rapidamente retornar ao pódio que sempre frequentou por aqui (só torço para que ele traga junto seu braço direito, Ronaldo Fogaça, que tem uma linda história de vida, que publiquei aqui e passei minha emoção para os leitores).

Agora, então, é ficar no aguardo, passar ali pelas quadras finais da Sete de Setembro e acompanhar a obra, torcendo para que tudo dê certo e essa nova pegada do casal Junior Marcondes comece a operar o mais cedo possível.

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