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A edição é 10ª do Ranking Paraná e contou com 207 empresas inscritas. Na foto, a equipe da regional Paraná do Great Place to Work
A edição é 10ª do Ranking Paraná e contou com 207 empresas inscritas. Na foto, a equipe da regional Paraná do Great Place to Work| Foto: divulgação.

Setenta empresas paranaenses foram premiadas pelo Great Place to Work (GPTW) em 2019, reconhecidas com as melhores empresas para trabalhar no estado, sendo 10 de porte grande, 45 de porte médio e 15 de porte pequeno. A edição é a 10ª do Ranking Paraná e contou com 207 empresas inscritas - uma procura 6% superior em relação aos inscritos de 2018 -, representando 104.484 funcionários.

"É gratificante atingir a marca de mais de 100 mil funcionários ouvidos. Começamos o ranking com 25 empresas e hoje são 70", esclarece Hilgo Gonçalves, embaixador do Great Place to Work e diretor da regional do Paraná. O escritório na região existe desde 2016.

Em 2018, sessenta empresas foram destaque.

Para Claudia Malschitzky, diretora-executiva da Regional Paraná do GPTW, dois motivos são fundamentais para esse aumento da procura pela certificação. "Primeiro, vejo um amadurecimento dos empresários paranaenses. Temos um movimento expressivo no estado de valorização dos colaboradores. É um novo jeito de fazer negócios. Não de crescimento a qualquer custo, mas de produtividade aliada ao bem-estar das pessoas. Quando as pessoas estão bem cuidadas e valorizadas, elas produzem mais", disse Cláudia.

"É o reconhecimento além do marketing, que é o que realmente importa", complementa a diretora-executiva.

O segundo motivo do crescimento ela atribui ao trabalho desenvolvido pela regional. "É um trabalho de proximidade com o cliente, conhecer a fundo cada instituição e apontar caminhos", arremata Cláudia. A equipe do GPTW no Paraná tem dez pessoas.

Perfil das premiadas

As empresas paranaenses premiadas pelo GPTW possuem, em média, 28 anos de existência. Das 70 empresas, 15 empregam funcionários fora do Brasil, totalizando 213 brasileiros que atuam no exterior. Em média, as empresas premiadas estão em quatro unidades federativas.

No quesito desenvolvimento dos funcionários, 36% das empresas premiadas oferecem verba extra para programas de evolução profissional dos trabalhadores - e eles podem utilizar da maneira que bem entenderem. Outro dado é que 59% das premiadas oferecem universidade interna. Das melhores, 57% oferecem bolsa de estudos para cursos de idiomas, 79% oferecem bolsas de estudos para cursos de graduação ou pós-graduação e 69% oferecem programas de coaching (e 57% de mentoring).

Admissões e demissões

A taxa de saída voluntária das empresas premiadas gira em torno de 5%. Já a rotatividade voluntária representou, no período, cerca de 25% do total das demissões. Além disso, 44% das pessoas que compõem os quadros de funcionários das empresas premiadas foram admitidas no último ano.

Sobre a faixa etária dos funcionários, 35% das premiadas têm colaboradores entre 26 e 34 anos e 26% entre 35 e 44 anos. No quesito escolaridade, 72% dos colaboradores têm ensino médio completo ou menos; 20%, ensino superior completo; e 7% pós-graduação completa.

As premiadas são de 15 setores diferentes: varejo, produção e manufaturas, hotéis e restaurantes, agricultura, silvicultura e piscicultura, serviços financeiros e seguros, construção, infraestrutura e imobiliário, mídia, educação e treinamento, telecomunicações, serviços de saúde, biotecnologia e farmacêutico, serviços profissionais, tecnologia da informação, transportes, organizações não governamentais e filantrópicas.

Mulheres são minoria

Entre as premiadas, somente 13% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres, enquanto 87% são dominados por homens. Em cargos de média liderança esse número cresce para 33%, enquanto 67% da posições são masculinas.

"O Brasil ainda é imaturo nesse sentido e o recorte do Paraná é um exemplo do que vemos de maneira geral no país, poucas mulheres em cargos de liderança. Acredito que estamos vivendo um momento de transformação cultural. É preciso, por exemplo, criar espaços para essas lideranças femininas, porque hoje elas não existem. Criar metas claras, para que isso permaneça na agenda de executivos", declarou Claudia Malschitzky, diretora-executiva da Regional Paraná do GPTW.

Nas ocupações classificadas como "gerais", 61% são homens e 38% mulheres.

A idade média dos CEO´s é de 50 anos e o tempo médio que estão no cargo é de onze anos.

Ganhar bem não é o mais importante

O índice de confiança é um dos parâmetros mais considerados pelo GPTW. Na categoria Grandes Empresas ele chegou a 82 pontos em 2019. Já entre as Médias Empresas foi de 85. A melhor classificação ficou entre as Pequenas Empresas, somando 88 pontos.

Os principais pontos que motivaram as pessoas a permanecerem nas empresas premiadas foram "oportunidade de crescimento" (47%) e a "qualidade de vida" (25%). O "alinhamento de valor" ficou em terceiro lugar, com 13%. Já a "remuneração e benefícios" representam 10% e "estabilidade", 2%.

Comunicação em alta

Os números da pesquisa 2019 do GPTW Paraná mostram que a comunicação entre líderes e colaboradores é importante. Quanto maior o número de feedbacks dados aos funcionários, maior é o índice de confiança. Cerca de 55% dos funcionários das empresas premiadas receberam mais de três feedbacks no ano.

GPTW

Para participar do GPTW é preciso ter no mínimo 30 funcionários e concorrer com um CNPJ registrado no Paraná. Hoje, o estado tem 170 empresas certificadas, com avaliações acima de 70/100 pelos seus colaboradores. O GPTW Paraná representa 12% do número de empresas certificadas pelo GPTW Brasil.

O GPTW foi fundados nos Estados Unidos e está presente em 61 países. A primeira lista das melhores empresas no mundo feita no Brasil foi em 1997.

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