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Caminhões da linha de pesados Volvo FH comprados pela Amaggi vão trafegar entre os estados de Mato Grosso, Pará e Rondônia
Caminhões da linha de pesados Volvo FH comprados pela Amaggi vão trafegar entre os estados de Mato Grosso, Pará e Rondônia| Foto: Divulgação / Volvo

Uma frota de 440 caminhões fabricados pela montadora Volvo, em Curitiba, vai ajudar na movimentação de cargas da Amaggi, uma das maiores produtoras de grãos do mundo. A aquisição dos veículos vai ajudar no escoamento e transporte dos mais de 1 milhão de toneladas de grãos e fibras produzidos pela gigante do agronegócio entre as regiões Norte e Centro-Oeste do país.

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Entre os veículos adquiridos pela Amaggi estão 400 caminhões da linha de pesados Volvo FH. Parte desta frota vai operar no trecho da BR-163 entre os estados de Mato Grosso e Pará, atendendo as regiões de Sorriso, Sinop e Matupá, com destino a Miritituba (PA), onde os grãos seguirão para exportação após passarem por uma estação de transbordo. Os outros caminhões trafegarão no Corredor Madeira, entre Mato Grosso e Rondônia, também escoando a produção da Amaggi nos terminais portuários do norte do Brasil. Já os 40 caminhões da linha de semipesados Volvo VM serão alocados em tarefas de apoio da empresa.

“Estamos expandindo nossa operação logística e melhorando a integração entre os sistemas rodoviário, hidroviário e ferroviário, proporcionando mais economia, aumentando a agilidade e diminuindo o impacto ambiental. Após pesquisas no mercado, entendemos que os caminhões Volvo FH seriam os que melhor nos atenderiam na operação”, avaliou Anilton Carmo, gerente de logística da Amaggi.

Linha de caminhões pesados e semipesados da Volvo é adequada às estradas brasileiras

Em entrevista à Gazeta do Povo, Alcides Cavalcanti, diretor executivo de caminhões da Volvo, comemorou a aquisição. “Nossos produtos têm essa característica de uma maior robustez, que é necessária para possibilitar o transporte de cargas pelas estradas do país, que em boa parte ainda apresentam problemas de conservação. Nossos caminhões têm essa característica de manter uma boa produtividade mesmo frente a essas adversidades, com uma baixa relação de consumo de combustível”, comentou.

Mercado de frotistas deu início à adequação às futuras normas ambientais

Para o executivo da montadora, a movimentação junto à Amaggi sinaliza o momento de antecipação nas compras dos grandes frotistas e transportadores brasileiros. De acordo com Cavalcanti, a legislação brasileira sobre emissões de poluentes vai ser atualizada em 2023, e os caminhões da Volvo fabricados em Curitiba já contam com toda a tecnologia adequada às futuras normas técnicas do setor.

A legislação brasileira atual, Proconve P7, está adequada ao padrão europeu Euro 5. No ano que vem, os caminhões terão que se adequar às normas Proconve P8, bastante similares às futuras regras Euro 6. Entre outros pontos, essa legislação vai obrigar os fabricantes de caminhões a adequarem seus veículos de forma a emitirem 50% menos fuligem e outras partículas sólidas pelos escapamentos.

Outra redução significativa prevista pela nova lei diz respeito ao controle de gases poluentes presentes no escapamento dos caminhões. Em comparação aos patamares atuais, que de acordo com Cavalcanti já são os menores da história, os veículos fabricados a partir do ano que vem terão que emitir 80% menos CO2 e óxido de nitrogênio.

“A tecnologia embarcada que existe hoje nos nossos caminhões é comparável à de automóveis de alto luxo. Isso impacta na produtividade, ao permitir que o caminhão funcione por mais tempo sem a necessidade de manutenções em curtos períodos. Mas a tecnologia necessária para atingirmos esse patamar tem um custo mais elevado. São sistemas mais sofisticados tanto nos catalisadores quanto na parte interna do motor, que permite a requeima dos gases do escapamento. Tudo isso deve encarecer, em média, o preço dos caminhões em cerca de 20%, fora as oscilações do dólar. Por isso, os grandes transportadores já estão buscando antecipar essa renovação de frota para se adequar a essas mudanças obrigatórias previstas na legislação, algo que a nossa linha já atende”, revelou.

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