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Instituto foi leiloado por R$ 9 milhões, mas com recuperação judicial, proprietários acreditam conseguir angariar quatro vezes mais.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

A Justiça do Trabalho decidiu, nesta segunda-feira (2), manter de pé o leilão do prédio do Instituto de Medicina e Cirurgia do Paraná, localizado na Rua Amintas de Barros. O edifício é alvo de um imbróglio judicial entre ex-trabalhadores do complexo hospitalar e o grupo econômico que administrava o local.

Na manhã da última quinta-feira (29), o prédio havia sido arrematado pela Clinipan, pelo valor de R$ 9 milhões, resultado de uma ação movida por cerca de 60 trabalhadores, que reclamavam o acerto de verbas rescisórias e o depósito retroativo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

No mesmo dia, no entanto, a 2ª Vara de Falências e Recuperação Judicial publicou uma decisão concedendo a recuperação judicial do grupo econômico - que compreende também o Hospital XV - e, por consequência, suspendendo todos os pedidos de falência e penhora.

Com uma dívida trabalhista superior a R$ 18 milhões e outros R$ 5 milhões em débitos abertos com fornecedores, o grupo hospitalar havia entrado com o pedido de recuperação judicial como uma forma de tentar impedir o arremate do edifício que, segundo seus administradores, teria um valor comercial pelo menos quatro vezes superior ao conseguido através do leilão.

Na ocasião, os administradores chegaram a afirmar que a venda particular do complexo do Alto da Glória poderia não só quitar todo o saldo devedor, como ainda resultar em um investimento de até R$ 20 milhões na modernização e ampliação do hospital do Alto da Rua XV.

Ontem (2), no entanto, o juiz do trabalho da 8ª Vara, José Wally Gozaga Neto, emitiu um despacho afirmando que não anularia o leilão do prédio, uma vez que a primeira parcela do arremate já havia sido depositada e que a decisão do juiz  da 2ª Vara, Gustavo Tinôco de Almeida, previa a suspensão dos pedidos de penhora e não a anulação dos arremates já realizados.

O advogado que representa os trabalhadores, Fabrício Gonçalves Zipperer, afirmou que a decisão da 2ª Vara não será suficiente para reverter o arremate já consumado. "O prédio do Instituto está desativado há muitos meses, sem equipamentos, não há possibilidade de se recuperar judicialmente", afirmou.

O advogado que representa o Hospital XV, Robson Padilha, declarou que a anulação do arremate deverá ser confirmada nos próximos dias e a venda particular do edifício prosseguirá.

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