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Posigraf conquistou com dois meses de antecedência o título de empresa Aterro Zero.
Posigraf conquistou com dois meses de antecedência o título de empresa Aterro Zero.| Foto: Divulgação Posigraf / Daniel Derevecki

Uma das maiores gráficas da América Latina e propriedade do Grupo Positivo de ensino, a Posigraf cumpriu com dois meses de antecedência a meta estabelecida há quatro anos de zerar o envio de resíduos para aterros sanitários. Com isso, a empresa é a primeira do ramo de revistas e livros do Brasil a cumprir os parâmetros da Zero Waste International Alliance (ZWIA), entidade internacional que desde 2002 define os parâmetros de Aterro Zero.

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A gráfica, que edita livros didáticos e publicações especiais no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC) cumpriu em outubro a última etapa do processo. Foi quando deixou de enviar para aterros sanitários resíduos sólidos sem contaminação - papéis de banheiros, como papel higiênico e papel-toalha.

Esse resíduo, que pelas normas ambientais não é considerado de risco de contaminação em determinadas destinações, agora vira combustível para queimar em caldeiras das indústrias de cimento da Região Metropolitana de Curitiba. A queima na indústria do cimento segue parâmetros ambientais de segurança, com emissão mínima de poluentes.

No ano em que definiu a meta, em 2018, a Posigraf enviou 112,6 toneladas de sobras da produção gráfica a aterros sanitários. Em 2021, com o plano em execução, a gráfica já poderia reivindicar o titulo de Aterro Zero por reciclado ou dado novo uso a 94,3% dos resíduos. Com isso, o volume descartado nos aterros caiu para apenas 19,7 toneladas, queda de 82,5% em três anos. Mas a gráfica decidiu ir além.

"As normas internacionais definem que a empresa tem que destinar de forma correta 90% dos resíduos para ter o título Aterro Zero. Mas decidimos levar o termo ao pé da letra. Ou seja, agora realmente não enviamos mais nada aos aterros sanitários", afirma à coluna Paraná S/A a analista de meio ambiente da Posigraf, Thais Milena de Araújo. "O diferencial dessa conquista foi o comprometimento de todos os colaboradores da Posigraf nos processos, como na separação dos materiais reciclados, por exemplo. E essa conquista posiciona a Posigraf no mercado como seguidora de normas ambientais", complementa Thais.

Sede da editora Posigraf no bairo CIC, em Curitiba.
Sede da editora Posigraf no bairo CIC, em Curitiba.| Divulgação Posigraf / Daniel Derevecki

Processos internos

Além do coprocessamento dos papéis de banheiro na queima das caldeiras da indústria cimentícia, a Posigraf adotou pelo menos mais três ações para não mais destinar sobras aos aterros. A principal delas, que representa quase 93%, é a reciclagem, em especial das aparas de papel das rotativas. Na sequência vêm a logística reversa e em uma escala menor a compostagem, já que a empresa produz pouco material orgânico, apenas na jardinagem.

Na logística reversa, processo em que embalagens e outros materiais são devolvidos à indústria fornecedora para ter um novo uso, o destaque são os uniformes dos colaboradores da Posigraf. Quando a vestimenta é é trocada, a antiga é encaminhada para ser transformada em estopa industrial e até mesmo tapete de carros.

Lei de Resíduos Sólidos

A lei federal 12.305/2010 determina que 48,1% de todos os resíduos sólidos urbanos devem ser reciclados ou recuperados até 2040, o que vem provocando uma corrida da indústria para a destinação correta das sobras da produção. De acordo com o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, o Brasil produz por ano mais de 82 milhões de toneladas de lixo, dos quais apenas 2% são recilados.

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