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RDP Energia investe R$ 50 milhões para produzir biometano no Paraná
| Foto: Divulgação/RDP

A RDP Energia, que pertence ao Grupo Rejaile, anunciou o investimento de R$ 50 milhões na produção de biometano. A construção da planta está acontecendo no município de Toledo, Oeste do Paraná, e tem previsão de produção que chega a 3 milhões de metros cúbicos de biometano por ano a partir de 2026. O combustível é 100% renovável, sendo produzido por meio do processo de refino do biogás.

O investimento do grupo no biometano começou a partir de pesquisas para buscar alternativas que realmente fossem sustentáveis e comprometidas com melhores práticas de mercado.

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"O combustível renovável sempre esteve no nosso radar. O Brasil ainda tem longos passos para conseguir oferecer fontes de energia mais verdes, e esse é um trabalho fundamental para propor alternativas responsáveis e que favoreçam indústrias, comércio, e todos aqueles que consomem energia. Estamos muito felizes em desenvolver este projeto viabilizando um excelente produto no nosso estado”, conta o presidente e fundador do grupo, Maurício Rejaile.

O Brasil hoje tem seis plantas de biometano autorizadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), e nenhuma utiliza resíduos da suinocultura, como será a de Toledo. “Nosso projeto inicial contempla uma planta de refino e purificação que deve operar entre 4.500.000 metros cúbicos a 5.500.000 metros cúbicos de biogás por ano, produzindo aproximadamente 3.000.000 metros cúbicos de biometano por ano. Este volume tende a ser ampliado dentro da própria planta inicial, bem como com a construção de outras unidades de produção no estado do Paraná e de Santa Catarina inicialmente”, explica Maurício.

O Grupo Rejaile, que hoje atua na área de distribuição e armazenagem de combustíveis, uma rede de postos e soluções ambientais, escolheu a suinocultura para este projeto inicial tendo em conta que o estado do Paraná é o segundo estado com maior produção nacional de carne de porco.

"A versatilidade do biogás e o grande número de biomassas possíveis para sua produção dá a oportunidade de produzir biometano a partir do refino e purificação de muitas fontes. Inicialmente temos a rota de resíduos agroindustriais e dejetos como a principal desta planta, contudo, estamos avaliando o uso e adaptação tecnológica para produção a partir de outras formas de biogás e biomassa”, diz o presidente.

A previsão de início da operação é em 2026, e a ideia é em quatro anos mais que dobrar a produção projetada de 3 milhões de metros cúbicos

O biometano é um produto derivado da purificação do biogás, o qual, por sua vez, é o gás retirado do processo de decomposição anaeróbica (na ausência de oxigênio) de resíduos orgânicos que podem vir de lixo, esgoto urbano, agricultura, pecuária, suinocultura e gado leiteiro. O produto pode ser utilizado como combustível para transporte veicular, e ainda tem aplicabilidade na indústria, residências e na produção de fertilizantes nitrogenados.

Junto ao anúncio do investimento na nova refinaria, o Grupo Rejaile também apresentou o novo posicionamento da empresa, com mudança no nome da distribuidora de RDP Petróleo para RDP Energia. A ideia é se reposicionar num mercado em crescimento e mais alinhado com os propósitos de uma busca mais responsável e inovadora.

"A inovação precisa estar presente nas marcas. Vivemos tempos difíceis, de crises climáticas e cada vez mais necessidade de se investir em processos mais renováveis e alinhados com a sustentabilidade. O mercado de combustíveis precisa repensar essa relação e oferecer alternativas para o público consumidor. E esse reposicionamento vai bem ao encontro a esse momento da empresa”, conta o diretor do Grupo, Jefferson Rejaile.

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