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Paulo Briguet

Paulo Briguet

“O Paulo Briguet é o Rubem Braga da presente geração. Não percam nunca as crônicas dele.” (Olavo de Carvalho, filósofo e escritor)

Regime PT-STF

Big Golpe Brasil: a tortura e a humilhação de Jair Bolsonaro

09/06/2025.- Jair Bolsonaro após sessão de interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF). (Foto: Andre Borges/EFE)

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Em 1982, o dramaturgo Samuel Beckett, Prêmio Nobel de Literatura e um dos grandes nomes do teatro do absurdo, escreveu a peça Catástrofe. Na obra, Beckett coloca em cena um personagem mudo e imóvel, absolutamente entregue à vontade de seus algozes. O homem não pode falar, não pode se mover, não pode esboçar nenhum gesto.

Para escrever Catástrofe, Beckett se inspirou no caso real do dramaturgo Václav Havel, que havia sido condenado à prisão por participar de um movimento de oposição ao regime comunista da Tchecoslováquia. Beckett se escandalizou com o fato de que Havel, por algum tempo, fora até mesmo impedido de escrever na cela.

Lembrei-me de Catástrofe quando li a notícia de que a Polícia Federal, transformada em Stasi do regime PT-STF, pretende colocar agentes dentro da própria casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no julgamento farsesco do golpe que nunca existiu.

Bolsonaro hoje não pode falar, não pode se mover, não pode esboçar nenhum gesto. Mesmo que permaneça em silêncio, sua imagem não pode ser divulgada. Os diretores de cena desse macabro reality show — que podemos chamar de Big Golpe Brasil — querem determinar toda a existência do ex-presidente.

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Bolsonaro não é um réu, é um refém. Tornou-se um escravo das vontades de seus algozes. E pior: sua família — inclusive a filha menor de idade — deve ser submetida à mesma tortura.

Em Bolsonaro, os donos do poder projetam a imagem do que gostariam de fazer a cada um de nós e do que já está sendo feito aos reféns do 8 de janeiro: transformar a nossa vida em uma catástrofe permanente.

O sonho dos socialistas é colocar um agente dentro do lar de cada brasileiro, de modo a garantir que seja exemplarmente punido qualquer esboço de resistência ou oposição ao regime.

Um deputado petista — de cuyo nombre no me quiero acordar — afirmou que há precedentes para a prisão sem julgamento de Bolsonaro. De fato, há — até mesmo um petista é capaz de dizer a verdade às vezes. Os precedentes para esse tipo de prisão arbitrária estão nos regimes totalitários do Leste Europeu. Na Alemanha Oriental, por exemplo, a Stasi conseguia colocar agentes em praticamente todos os ambientes do país — inclusive nas casas das pessoas.

Um dos pilares de toda ditadura é a humilhação das pessoas. Os reféns de 8 de janeiro e seus familiares são vítimas de humilhação todos os dias.

Veja-se, por exemplo, o caso de Lucas Brasileiro, que só conseguiu ir ao velório da própria avó depois de implorar ao Imperador Calvo.

Lucas, cujo único crime foi protestar contra Lula, compareceu ao funeral algemado e cercado por 35 — eu disse 35 — agentes fortemente armados, como se fosse um assassino de alta periculosidade. A certa altura, um agente o admoestou por tentar dar um abraço na própria mãe.

É assim que os comunistas desejam nos ver, meus sete leitores: sem poder dar um abraço em quem mais amamos. Lucas Brasileiro não tem esse nome por acaso.

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