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Paulo Briguet

Paulo Briguet

“O Paulo Briguet é o Rubem Braga da presente geração. Não percam nunca as crônicas dele.” (Olavo de Carvalho, filósofo e escritor)

106 anos

Gazeta do Povo: o papel de um jornal livre

Primeira edição da Gazeta do Povo, em 3 de fevereiro de 1919. (Foto: Arquivo/Gazeta do Povo)

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A Gazeta do Povo foi fundada em 3 de fevereiro de 1919, há 106 anos. Quase exatamente no mesmo dia, o poeta irlandês W. B. Yeats escreveu “The Second Coming” (A Segunda Vinda), considerado um dos mais importantes poemas do século XX. Os versos de Yeats são, ao mesmo tempo, um comentário sobre os terríveis acontecimentos que abalaram a sua época (a Primeira Grande Guerra, a Revolução Russa, a gripe espanhola) e uma profecia sobre as tragédias civilizacionais que viriam (a Segunda Guerra, os regimes totalitários, os grandes genocídios):

“Desagrega-se tudo; o centro não segura;
Está solta no mundo a simples anarquia;
Está solta no mundo a maré escura do sangue, e em toda parte
A cerimônia da inocência se afogou;
Falta aos melhores convicção, enquanto os piores
Estão cheios de ardor apaixonado.”

Em mais de um século de existência, marca raramente atingida por qualquer empresa no Brasil, e mais raramente ainda por veículos de comunicação, a Gazeta do Povo testemunhou os dramas e glórias do nosso tempo, do nosso país e do nosso mundo.

Por si só, a longevidade é um grande mérito. Mas ela não é tudo. De nada adiantaria manter um nome se os valores que fundamentam o jornal fossem perdidos ou negociados com o passar do tempo. De nada adiantaria durar tantos anos para se afogar “na maré escura do sangue”.

Aos 106 anos e este é seu grande mérito , a Gazeta se mantém fiel e irredutível na defesa dos seus princípios: a vida, a verdade e a liberdade. Esses princípios que não foram criados por nenhum homem, por nenhum governante, por nenhum poder temporal mas concedidos por Deus como dons inscritos no coração de cada ser humano. A Gazeta compreende isso, o que a torna um caso único de amor à verdade na grande mídia brasileira.

Entre os anos de 2004 e 2015, tive a honra de trabalhar nesta casa, inicialmente no saudoso Jornal de Londrina, depois como colunista da própria Gazeta. 

No ano passado, tive a alegria de ser convidado a retornar. E voltei numa hora grave, em que existe uma guerra e um abismo entre os donos do poder e o conjunto da sociedade brasileira. 

A Gazeta, como diz seu próprio nome, já escolheu seu lado nessa guerra: ela está ao lado do povo e das nossas melhores tradições.

O jornal que comemora hoje 106 anos tem um papel decisivo no atual quadro político-cultural do país

Nestes tempos ditatoriais, em que a liberdade de expressão e o império da lei têm sido atacados pelo Regime PT-STF (“os piores estão cheios de ardor apaixonado”), a Gazeta é uma ilha de sanidade e independência na grande mídia brasileira, hoje completamente tomada pela militância “progressista”. É um jornal de verdade em meio a um coro de Pravdas.

Em consequência, a Gazeta é frequentemente atacada pelos esbirros do poder. Ela não abre mão de suas convicções, mesmo quando isso se torna perigoso. A verdade é mais forte que a desagregação do mundo descrita por Yeats.

Nada é por acaso na ordem do tempo. A data de aniversário da Gazeta, 3 de fevereiro, coincide com a festa de um santo muito querido da Igreja: São Brás. Médico, bispo e mártir da fé, Brás de Sebaste entregou a sua própria vida em nome de Deus. Por amar a verdade, não se curvou aos poderosos de sua época. Se pensarmos bem, São Brás é um padroeiro perfeito para a Gazeta.

Parabéns, Gazeta do Povo! “Fortalecei os vossos corações, vós que ao Senhor vos confiais.” (Sl 90)

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Conteúdo editado por: Aline Menezes

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